sábado, 3 de dezembro de 2011

Política no Amazonas:"cambalachos deprimentes"

O acreano Djalma Batista é pródigo na leitura política de sua época nas páginas do “Amazônia: cultura e sociedade”, em terceira edição da Valer. Provoca arrepios e, ao mesmo tempo, uma indignação extrema, verificar que de 1955 até hoje a política, no Amazonas, ainda viva de “cambalachos deprimentes” e tenha assimilado cada vez mais as “escolhas sentimentais”. “... Quanto à política administrativa também demonstramos ter assimilado pouco ou nada a lição da cultura: nossas eleições, como de resto do Brasil inteiro, quase sempre se fazem através de escolhas sentimentais ou – o que é muito pior! – por força de cambalachos deprimentes. Quantas leis, realmente, já se fizeram na Amazônia, visando ao bem, ao verdadeiro, ao sagrado, ao inconspurcável bem público? Longe de nós, todavia, qualquer contato com essa senhora política, que não é nem a “respeitável prostituta”de Sartre...” (grifo nosso). Caro Djalma, conterrâneo do Acre, será que devo seguir seu conselho, in memoriam, e confirmar a máxima de que um intelectual não deve participar da política, mas, criticá-la sempre? Será mesmo que o intelectual deve permanecer sem qualquer contato com essa tão respeitável senhora? Avaliarei com mais profundidade, após a leitura desse trecho de Djalma Batista, se devo ou não catalogar o endereço da dita senhora.

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