Trarei mais um fragmento
do livro do acreano Djalma Batista “Amazônia: cultura e sociedade”, em terceira
edição da Valer. É uma forma de homenageá-lo e demonstrar aos leitores e
leitoras do meu Blog o quanto o autor ainda permanece tão atual. “... Comercialmente
ainda predominam os sistemas antiquados: o aviador (que é o negociante
atacadista das capitais, especializado em abastecer o interior), fia para o
seringalista, e este para o seringueiro. O pagamento se faz do último ao patrão
em gêneros; apenas o seringalista já não entrega todos os produtos ao aviador,
para que os transfira ao exportador (quando não é ele mesmo o exportador),
porque, quanto à borracha, o malsinado Banco de Crédito da Amazônia quebrou um
dos elos da cadeia... Isto é, o comércio em geral ainda não é comércio: é puro
escambo – troca de mercadorias por gêneros –tal qual sempre fizeram os chamados
civilizados, com os índios, há séculos.”
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