Encerro hoje a publicação
em séria de alguns fragmentos da obra do acreano Djalma Batista. Nas páginas do
livro “Amazônia: cultura e sociedade”, em terceira edição da Valer, ele
demonstra uma visão de mundo como poucos e uma crítica política bastante dura
para os ditames da época. Daí ser, hoje, considerado um dos mais importantes
autores para o entendimento do pensamento social sobre a Amazônia. “... E as
condições de vida do povo, em geral, têm progredido? É certo que a febre
amarela foi erradicada e que a malária bate em retirada diante das bazucas do
DDT. Mas, em compensação, a falta de
higiene geral campeia, mesmo nas capitais, onde a água canalizada e tratada é
escassa, inclusive (é uma esperança à renovação dos Serviços de Água de Manaus
e de Belém!); a mortalidade infantil é terrível, a tuberculose tem incidência
muito forte; as verminoses em certa localidades alcançam índices de 100%; as
residências ainda não se constroem, mesmo as melhores e mais confortáveis,
segundo as exig6encas climáticas, com modelos, divisões e materiais de
construção que se coadunem com o calor e as invernadas. De referência às
barracas... nem é bom falar! Sem dúvida tudo isso decorre da incultura
coletiva....” (grifo nosso).
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