domingo, 4 de dezembro de 2011

Péssimas condições de vida do povo

Encerro hoje a publicação em séria de alguns fragmentos da obra do acreano Djalma Batista. Nas páginas do livro “Amazônia: cultura e sociedade”, em terceira edição da Valer, ele demonstra uma visão de mundo como poucos e uma crítica política bastante dura para os ditames da época. Daí ser, hoje, considerado um dos mais importantes autores para o entendimento do pensamento social sobre a Amazônia. “... E as condições de vida do povo, em geral, têm progredido? É certo que a febre amarela foi erradicada e que a malária bate em retirada diante das bazucas do DDT. Mas, em compensação, a falta de higiene geral campeia, mesmo nas capitais, onde a água canalizada e tratada é escassa, inclusive (é uma esperança à renovação dos Serviços de Água de Manaus e de Belém!); a mortalidade infantil é terrível, a tuberculose tem incidência muito forte; as verminoses em certa localidades alcançam índices de 100%; as residências ainda não se constroem, mesmo as melhores e mais confortáveis, segundo as exig6encas climáticas, com modelos, divisões e materiais de construção que se coadunem com o calor e as invernadas. De referência às barracas... nem é bom falar! Sem dúvida tudo isso decorre da incultura coletiva....” (grifo nosso).

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