Digo, sem medo de errar: o
Brasil precisa de uma reforma na prática dos políticos e não pura e
simplesmente de uma reforma política. Depois que a dita esquerda brasileira aderiu
ao capitalismo neoliberal e refinou o projeto econômico deixado pelo governo de
Fernando Henrique Cardoso (FHC), o Brasil vive sob a égide do que se poderia
chamar de “democracia de resultados”. Vale vender a alma ao diabo, emprestar a
irmã dele pra ser dama de honra e casar com a prima. Independentemente dos
matizes políticos, vale qualquer aliança em nome da mais cínica e hipócrita das
desculpas: garantir a governabilidade. Foi em nome dela que o Partido dos
Trabalhadores (PT) abraçou-se com José Sarney, Jader Barbalho e outros tantos
da mesma estirpe. É em nome dela que a presidente Dilma Roussef faz vistas
grossas aos escândalos nos ministérios e nem aceita rediscutir o projeto da
usina de Belo Monte. Governabilidade sem ética mais parece cinismo. Antes de
uma reforma política, é preciso reformar as práticas. Caso contrário, propostas
como as da votação em lista destruirão a democracia brasileira.
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