Dias desses ouvi o ex-deputado
Marcelo Serafim declarar que, “se o pai for prefeito, não será secretário
municipal em hipótese nenhuma”. Caso não seja mais uma daquelas juras de amor
de políticos antes das eleições, esquecidas logo após a apuração do último voto,
será uma prova de amadurecimento e tanto. E, talvez, dê ao pai, Serafim Correa,
a chance de verdadeiramente governar a cidade de Manaus, caso os eleitores
esqueçam os desmandos do primeiro mandato e o reconduzam à prefeitura em 2012. Fui
eleitor de Serafim Correa, confesso, arrependi-me! Exatamente por ele ter feito
tudo o que, juntos, combatemos durante anos: o nepotismo. Transformou o filho em
secretário e gastou dois anos no mandato em ações de visibilidade para o filho,
e não para ele, até transformá-lo em deputado federal. Nas últimas eleições,
Correa cedeu às pressões do Palácio do Planalto, foi enganado pelo presidente
Lula, participou de uma aliança esdrúxula e nos deixou órfãos. Resultado: Omar
Aziz governador e Marcelo Serafim sem mandato. O pai tinha grandes chances de
fazer bonito e levar as eleições para o segundo turno. O plano de Lula deu
certo: não permitir que Serafim Correa se aliasse ao PSDB e Arthur Neto
voltasse ao Senado. Tudo muito bem tramado! Serafim Correa foi vítima do amor
incondicional ao filho e da fidelidade à base aliada. Só que esse amor extremo
fez mal a Manaus e ao Amazonas. Todos nos transformamos em vítimas. Que o arrependimento
de Marcelo Serafim seja verdadeiro e que ele deixe o pai governar caso o povo
assim o permita! E que Serafim Correa assume, definitivamente, que a única
opção de um novo jeito de governar. Capacidade ele tem. Se quer fazê-lo, só o
futuro dirá!
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