Qualquer que seja o
resultado do plebiscito de hoje no Pará sobre a criação ou não dos estados de
Carajás e Tapajós, uma coisa é certa: urge que se repense a forma de
administrar os estados, principalmente de extensões continentais como o
Amazonas e o Pará. Falar em unidade e desconhecer as diferenças monumentais que
existem entre uma e outra região dentro dos próprios estados é, no fundo,
investir em um processo histórico de exclusão. As agências de notícias
divulgam, por exemplo, que em Belém, eleitores pró-não, gritam “fora
forasteiros” contra os eleitores que querem a criação do Estado do Tapajós.
Como falar em unidade quando as pessoas, entre si, não demonstram o mínimo de
respeito ao outro? O único argumento de que os políticos lutam pela divisão
para conseguirem mais cargos e mais verbas não se justifica. Se os políticos e
administradores se apropriam das verbas, fazem-no porque nós, os cidadãos, votamos
e depois lavamos as mãos. Em uma democracia verdadeiramente participativa, as
responsabilidades são divididas. Manter a unidade requer o exercício diário do
respeito. Inclusive às verbas públicas. Sem isso, o estado não passa de uma
mera fantasia administrativa.
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Ótimo professor. Essa notícia é realmente importante de se saber.
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