A crença popular de que Manaus é uma das
cidades mais caras do Brasil pode ser ainda muito pior do que imagina a própria
crença. É fato que na medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), Manaus não entra. Logo, não se tem parâmetro oficial para se falar em
inflação na cidade. Apela-se para o chute a partir de mudanças de preço, como
os da gasolina, por exemplo. Puro chute! Nada mais. O que vale é a inflação do
dia-a-dia, invisível, mas que se nos apresenta a corroer os orçamentos. Se não,
vejamos! Até dezembro, os serviços de uma manicure eram R$ 20,00. A partir de
janeiro, ela sobe o preço para R$ 25,00. Em números absolutos, "subiu
apenas R$ 5,00" você pode imaginar. Em números percentuais, porém, houve
uma majoração de 25% no preço do serviço de manicure. Aí você vai ao barbeiro
que cobrava R$ 10,00 e passou o preço do corte para R$ 15,00. De novo,
"subiu apenas R$ 5,00". Percentualmente, porém, o aumento foi de 50%.
Essa é a inflação real. A inflação invisível que transforma nosso dinheiro em
pó e não é medida pelos índices oficiais. É a inflação que não aparece nas
negociações salariais. Nem os meios de comunicação tradicionais tocam no
assunto. É essa inflação, porém, que mostra claramente, como os índices
divulgados pelo Governo são completamente mascarados.
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