sábado, 23 de fevereiro de 2013

Buracos nas ruas e constrangimento


Não sou daqueles condutores de veículos que quando vê alguém em uma parada de ônibus ou aglomeração, por exemplo, no início de uma chuva, ou quando avista poças de água, acelera com um único intento: dar um banho de água suja (ou até lama) em quem estiver por perto. Ontem, porém, passei por uma situação dessas involuntariamente. Encostava o carro mansamente próximo a uma calçada cheia de pessoas, sentadas em alguns bancos, a conversarem. Tudo teria sido tranquilo se a poça de água suja não escondesse um buraco gigante, próximo ao meio-fio. A roda direita do carro desabou no buraco jogando água para os lados e respingando nas pessoas. Morri de vergonha. Até pensei em sair do carro e pedir desculpas pelo ocorrido. Meu instinto de sobrevivência, no entanto, falou mais alto. Pela cara que as pessoas fizeram, eu não seria desculpado de jeito nenhum. Ao final de tudo, os buracos das ruas, embora não tenham causado nenhum tipo de prejuízo material, deixaram em uma situação das mais constrangedoras. Chego a imaginar o que não passou a minha mãe na mente daquelas pessoas. Lastimável!

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