quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dossiês que derrubam pessoas públicas


Há rumores de que o Papa Bento XVI fora vítima de uma chantagem. Depois da queda dele, muitas serão as versões. A que menos se acredita, no entanto, é a oficial. Do episódio fica mais uma daquelas motivações para refletirmos sobre a prática recorrente, que parece ser mundial, de se usarem dossiês para derrubar pessoas públicas dos cargos que ocupam. Será que a humanidade ainda não compreendeu que a vida privada não pode ser misturada com a vida pública? E, por outro lado, será que as pessoas públicas ainda não perceberam que máculas da vida privada, dependendo do ocorrido, podem influenciar decisivamente na vida pública? A equação nem sempre fecha seus elementos. Quem decide ser uma pessoa pública faz a opção de não ter "vida privada", privacidade. Antecipadamente, sabe que a sua vida particular será devassada. Por isso os dossiês, desde que o mundo é mundo, terminam por derrubar pessoas públicas. Particularmente considero uma covardia sem tamanho misturar fatos da vida privada com fatos da vida pública. Não é a regra. E, pelo jeito, nem o Papa escapa desse tipo de sujeira.

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