Enquanto na
igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, às 10h30, vi apenas o ex-jogador Rolinha
na missa de sétimo dia do ex-goleiro Marialvo Duarte Hayden, a cidade se
mobilizava para ir à Arena da Amazônia, o Paneirão, para ver Vasco da Gama x
Fluminense, final da Taça Guanabara. Depois de muitos anos Manaus virou o
quintal do Rio de Janeiro, como tanto sonhou a elite da cidade. Ídolos que
enchiam estádios, que fizeram campanha pública para arrecadar dinheiro para a
construção do Estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, como foi o caso de Marialvo e
Edson Piola, só para ficar em dois exemplos, são entregues à solidão de uma
vida (ou do fim dela) sem o menor reconhecimento. O auge é maravilhoso, mas, a
solidão é cruel porque nós, os ditos humanos, somos a crueldade ambulante. Enquanto
isso, políticos que derrubaram o Vivaldo Lima, construíram a Arena da Amazônia,
receberam propina, segundo “delações premiadas”, estão agora a votar pelo
impeachment da Presidente Dilma Rousseff (PT) e posam de honestos. Cruel e
cínica, a sociedade encosta no canto da solidão quem nada mais tem a dar a ela,
a não ser a própria. Triste e cruel circo da vida cínica em sociedade.
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