Qualquer que
seja o espectro politico de quem olha o processo de impeachment da presidente
Dilma Rouseff (PT), não dá para se esconder um sentimento basilar: a vergonha.
Vergonha de o quê se faz com ela na tentativar de apeá-la do poder, mas,
vergonha de o quê ela faz para se manter. Há uma espécie de “mercado” da queda
ou não. Enquanto, de um lado, há caminhão de verbas para financiar “o pedido de
impeachment”, do outro, há uma caixa de ferramentas pública, vergonhosa, que
tenta financiar a manutenção do poder a qualquer custo. É lastimável que se
tenha chegado a este nível. Menos paixão e mais análise técnica é o que
precisamos. E que os lados envolvidos aceitem o resultado. Só assim o País
sairá vivo desta enrascada que se meteu ou foi levado.
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