terça-feira, 12 de março de 2013

A máquina de arrecadar chamada God of War


A indústria de jogos tem o estranho poder de transformar legiões de seres humanos em verdadeiros maníacos. Ontem, em um dos shoppings da cidade, de 500 a 1.000 jovens vibravam em frente a uma telão horas antes do "lançamento mundial" da mais nova versão do jogo "God of War". Pela primeira vez a empresa permite que os jogadores tenham experiências on-line. Extasiado, meu filho de 16 anos a mim agradecia várias vezes por tê-lo acompanhado, nada menos do que das 19h do dia 11 de marco de 2013 até 1h do dia seguinte. Vibrava por ser o número 48 da fila. Assim, teria direito a um brinde. Pasmem, leitores e leitores! Pessoas ficaram mais de 12 horas na fila, desde a abertura do Shopping, às 10h da manhã do dia 11, para terem direito a ser o primeiro, ao desconto de R$ 75,00 no jogo e a enfiar a mão na "Caixa de Pandora". Dependendo da cor da bola retirada da caixa vinha o brinde: um boné de papelão, um pôster ou um bótom com motivos do jogo ora vendido. Feliz da vida, meu filho fez economia e juntou o valor de R$ 150,00 (preço de lançamento). Ao chegar em casa, ficou até altas horas na frente da TV a jogar. Nem o sanduíche que eu tinha comprado para ele às 22h fora consumido. Como ele, pelo menos 1.600 jovens de Manaus fizeram a mesma coisa de ontem para hoje. Em menos de três horas a loja pôde ter arrecadado R$ 240 mil. Nada mal! O único mal é o exército de viciados espalhados pelo mundo. Das drogas consumidas por aí, no entanto, talvez seja a menos danosa. Talvez!?

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