Sempre que chegam datas como as de hoje, o
Dia Internacional da Mulher, tenho certeza de que é preciso comemorar, mas, ao
mesmo tempo, refletir sobre a importância da data. No campo da reflexão, fico a
me perguntar se o mundo seria o mesmo caso as mulheres russas não tivessem se
manifestado por melhores condições de vida e de trabalho? Mãe, mulher e
trabalhadora, quase sempre a figura feminina é "premiada" com uma
jornada tripla de trabalho. Sem falar o espírito maternal de "cuidar do
marido" e, logicamente, dos filhos e filhas. No campo dos direitos, inclusive,
os individuais, porém, ainda está longe de se comemorar a tão propagada
igualdade. Querem um exemplo clássico? A deputada federal Rebecca Garcia (PP)
teve a candidatura à prefeitura de Manaus subtraída por conta de possíveis
denúncias de um suposto "caso" que teria tido. Essa é a face mais
cruel da sociedade machista na qual vivemos. Fosse Rebecca um macho, ter alguém
além da mulher seria motivo de orgulho e, possivelmente, renderia votos. Como
se trata de uma mulher, ter mais alguém é criminalizado. Trata-se, na verdade,
de algo que deve ser decidido entre os parceiros. É foro íntimo. Não deve ser variável
para achincalhar a vida pública de ninguém. Só se explica por conta de um
machismo exacerbado. E pela certeza de muitos anos ainda serão necessários para
que a mulher tenha seis direitos individuais pelo menos equânime aos dos
homens.
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