Ontem, por um
acaso, antes das partidas de futebol, para não esperar os jogos vendo novelas,
decidi ver a sessão da Câmara dos Deputados. Conclui: trata-se de uma novela
mexicana da pior qualidade. O ápice da grotesca encenação foi o fato de Waldir
Maranhão (PP-MA) ter desaparecido. Para poder aprovar medidas provisórias ainda
do Governo Dilma Rousseff (PT), mas, de interesse do Governo Interino de Michel
Temer (PMDB) foram alinhavados acordos de toda a ordem. Um deles previa o “desaparecimento”
de Waldir Maranhão, satanizado até por antigos aliados. Como o presidente da
Mesa Diretora, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), embora afastado, tem exercido a
vice-presidência do País melhor do que ninguém, não pode dirigir a casa por
conta de ter sido tirado da cadeira pelo STF, regimentalmente que assumiria
seria Maranhão. Seus colegas não mais o aceitam e conseguiram uma manobra para
que ele sumisse. Aparece, então, a figura do segundo vice-presidente, Fernando
Lúcio Giacobo, do PR do Paraná. E ele foi elogiado e aceito por todos os
oradores que vi por uma qualidade quase impar no parlamento brasileiro: não há
nenhum processo ou acusação contra ele. Se este fosse o primeiro critério na
sessão que ceifou o mandato de Dilma Rousseff, o impeachment não passaria
nunca.
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