quinta-feira, 19 de maio de 2016

Encenações na Câmara dos Deputados

Ontem, por um acaso, antes das partidas de futebol, para não esperar os jogos vendo novelas, decidi ver a sessão da Câmara dos Deputados. Conclui: trata-se de uma novela mexicana da pior qualidade. O ápice da grotesca encenação foi o fato de Waldir Maranhão (PP-MA) ter desaparecido. Para poder aprovar medidas provisórias ainda do Governo Dilma Rousseff (PT), mas, de interesse do Governo Interino de Michel Temer (PMDB) foram alinhavados acordos de toda a ordem. Um deles previa o “desaparecimento” de Waldir Maranhão, satanizado até por antigos aliados. Como o presidente da Mesa Diretora, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), embora afastado, tem exercido a vice-presidência do País melhor do que ninguém, não pode dirigir a casa por conta de ter sido tirado da cadeira pelo STF, regimentalmente que assumiria seria Maranhão. Seus colegas não mais o aceitam e conseguiram uma manobra para que ele sumisse. Aparece, então, a figura do segundo vice-presidente, Fernando Lúcio Giacobo, do PR do Paraná. E ele foi elogiado e aceito por todos os oradores que vi por uma qualidade quase impar no parlamento brasileiro: não há nenhum processo ou acusação contra ele. Se este fosse o primeiro critério na sessão que ceifou o mandato de Dilma Rousseff, o impeachment não passaria nunca.


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