É fundamental que se tenha muito cuidado com o anúncio no corte de
juros no “crédito rotativo” dos cartões de crédito. Além dos bancos oficiais,
bancos privados, agora, anunciam as benesses de se usar mais os cartões de
crédito. Não se deve esquecer, porém, que o crédito rotativo é aquele tipo de
empréstimo automático concedido cada vez que você, consumidor, correntista e
portador de cartões de crédito, contrata ao optar por pagar o “valor mínimo” ou
seja, você deixa de pagar o valor total da fatura. Acontece que, ao deixar de
pagar o valor total, embora não perceba, você faz um novo empréstimo,
automaticamente, a uma taxa de juros, por menor que seja, ainda extorsiva.
Vejamos como funciona esse crédito rotativo e os cuidados que se deve ter para
não se criar uma “bola de neve”, isto é, uma dívida impagável. Digamos que você
fez cinco compras, cada uma de R$ 500,00, divididas em cinco vezes. Significa
que o montante total da sua dívida é de R$ 2.500,00. Você não terá nenhum
problema se conseguir pagar todas as faturas na data do vencimento. O caos se
instala, porém, se você, ao final do primeiro mês, ao invés de pagar os R$
500,00 (ou seja, as cinco primeiras prestações de R$ 100,00) só conseguir pagar
o valor mínimo. Significa que na segunda fatura você terá de pagar os R$ 500,00
da fatura do mês, os R$ 450,00 da fatura anterior, mais os R$ 45,00 de juros
(se tomarmos 10% ao mês como base). Sobre o valor de R$ 450,00 ainda incide
multa. Ao pagar o mínimo, é como se você não “andasse” para frente. No mês
seguinte, terminará pagamento o mesmo valor somado às novas parcelas do mês. Na
segunda fatura, sem levar em conta a multa, você terá de desembolsar R$ 995,00.
Se não puder pagar o valor total, o mínimo desta fatura já passará para R$
99,50 e assim sucessivamente. Sem se alongar nas contas, fica o alerta para que
cada um dos portadores de cartões de crédito tenha cuidado com as armadilhas
das propagandas. O corte dos juros não significa que você passe a gastar mais e
desordenadamente. Seja sensato no uso dos cartões para não por um cutelo no
próprio pescoço.
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