Ontem ouvi uma expressão que não conhecia: “você está no baixo
Vieiralves.” Isso porque passei, com uma querida amiga da Universidade Federal
de Roraima (UFRR), em um dos mais tradicionais locais do bairro que, hoje em
dia, por sinal, está com frequência abaixo da média. Certamente, por conta dos
péssimos serviços prestados. Mas, também, pelo aumento significativo da
concorrência de barres e restaurantes para todos os gostos na área. Há dois
anos, o bar e restaurante era uma das poucas opções da cidade, coma boa
culinária, preferencialmente paraense, e música regional ao vivo. À medida que
a concorrência aumentava, os serviços ficaram piores e o lugar onde funcionava
o acanhado palco do local foi substituído pelo nada. Do nada de opções ao
péssimo serviço de atendimento ao cliente talvez tenha sido um pulo. O que vi
ontem foram vários sinais de decadência que, certamente, culminarão como
fechamento da casa. Ao sair de lá vi que há opções de bares, cervejarias, restaurantes
de culinária chinesa, japonesa, italiana, mineira e quetais. Não tinha me dado
conta dessa efusão de culturas em um espaço tão próximo. É a esse caldeirão de
bares e restaurantes que proliferam na área que as pessoas estão chamando de “baixo
Veiralves”. É injusto e me parece depreciativo. As cidades, os bairros e até as
quadras mudam de acordo com a propulsão social dos negócios que por lá crescem.
Não me espanta que se trate de algo com a intenção de desvalorizar a área. O
que as empresas da área precisam mesmo é investir na melhoria do atendimento e
dos serviços que, em geral, são de baixa qualidade. E se esse for o único
critério, talvez até seja permitido se falar em “baixa Manaus”, pois, a
má-qualidade do atendimento em toda a cidade é digna de registro.
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