domingo, 2 de setembro de 2012

A força da máquina na democracia brasileira


Somente um político, o saudoso Mário Covas, teve vergonha e dignidade o suficiente para admitir, por meio de atos, que a força da máquina na democracia brasileira desequilibra o jogo. Foi o único político brasileiro a abrir mão da “Lei da Elegibildiade”e se afastou co cargo para concorrer à reeleição. Com reeleição ou não, porém, o jogo fica completamente desequilibrado quando a máquina administrativa entra em ação. Uma prova cabal disso é a candidatura de Vanessa Graziottin à Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). Patinhava entre o terceiro e o segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos. Com o começo do horário eleitoral e a entrada em campo do governador Omar Aziz (PSD), do senador Eduardo Braga (PMDB) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já encosta no líder, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Artur Neto. Não duvidem! Uma das missões mais espinhosas da vida política de Artur Neto será manter a liderança e derrotar Vanessa Graziottin (PC do B). Ainda mais se houver segundo turno. Quer queiramos, quer não, Henrique Oliveira (PR) é da “base aliada”, Serafim Correia (PSB) e Sabino Castelo Branco (PTB) também. Em havendo um segundo turno entre Artur e Vanessa, as possibilidades de vitória de Artur são mínimas. A não ser que sua candidatura se transforme em uma onda de protesto da população contra o “pensamento único” que toma conta da política no Amazonas. Algo pouco provável pelo rumo que a campanha toma.

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