Fico
a observar o quanto é preciso se ter autocontrole para resistir às investidas
dos bancos e dos seus gerentes. Com as operações on-line, vive uma enxurrada de
tentativas de sedução a cada vez que se entra no site dos bancos, privados ou
não. Até no Banco do Brasil, banco cujo maior acionista é o Governo Federal, a
lógica é a mesma. Se você entra no site do banco, depara-se com mensagens “incentivadoras”
do endividamento. Quanto mais se põe a corda no pescoço, mais se soma pontos no
ranking interno para conseguir novos financiamento. Clara é, no entanto, a
necessidade de se pagar em dia. Caso não, a pontuação começa a baixar. As
mensagens são as mais variadas e “atacam” em todas as frentes, bem como no
final dos extratos. Você muda os olhos e lá está, após os dizeres “crédito
pessoal todo seu”, a quantia disponibilizada. Em dois ou três cliques você simula
o empréstimo e, com mais dois ou três, fecha o negócio. Em segundos, a grana
está creditada na sua conta-corrente, que se transforma literalmente em “corrente”
quando as prestações começam a ser debitadas, normalmente 45 dias após a
assinatura do contrato. O que parecia inicialmente um bom negócio, torna-se uma
prisão de até 60 meses, ou sejam, cinco anos. Os gerentes, por seu turno, são
treinados para “orientar” seus clientes. Normalmente o fazem para nos
incentivar a trocar as dívidas de outros bancos pelas dívidas do próprio banco.
E assim segue a vida, como seguem as dívidas, cada vez mais a longuíssimo
prazo. Tempo pelo qual você fica completamente vinculado à instituição. Tudo o
que eles mais querem.
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