Digam
o que disserem, mas, particularmente, gostei do pronunciamento da Presidente
Dilma Rousseff (PT). Nitidamente, há uma turma que quer ver o País pegar fogo e
adoraria que a Presidente fizesse um discurso ameaçando os líderes do movimento
e prometendo reagir, ir para o confronto. Seria o mesmo que riscar fósforo em
rastilho de pólvora. Quando quero irritar meus colegas da "esquerda
radical" digo: ao tomar o rumo do radicalismo, a esquerda é quem mais se aproxima
da direta. Querer que a Presidente Dilma Rousseff radicalize ao extremo é,
justamente, fazer o jogo da direita adormecida que só espera um cochilo para
voltar ao poder. Por falar em cochilos, cá entre nós, Presidente Dilma, muitos
ocorreram no governo do seu antecessor e outros neste seu. A senhora começou
muito bem o combate à corrupção, demitiu ministros, mas, ao que parece, foi
obrigada a ceder. Que a senhora teve humildade para reconhecer os erros do seu
governo, isso ninguém pode negar. Embora o pronunciamento tenha sido firme e seguramente
uma defesa da democracia, não se espera que seja apenas um exercício de
retórica e que, acima de tudo, a senhora cumpra a fala de que "não tolera
a corrupção". É mister, também, que não tolere corruptos. Porque, manter
ou trabalhar para que Renan Calheiros, só para ficar em um exemplo, fosse
eleito presidente do Senado Federal é um escárnio.
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