sábado, 8 de junho de 2013

Quando até a dignidade é roubada

Um misto de indignação e revolta! Foi o que senti ao ler a notícia de que o bancário João Muth Neto, de 39 anos, morador de Peruíbe, no litoral de São Paulo, teve as duas muletas roubadas quando foi surfar na Praia do Oásis. Ele usa uma prótese na perna esquerda, amputada, e tem o hábito de tirar a prótese, deixá-la no carro, e ir ao mar, surfar. Mantinha, também, o hábito de deixar as muletas na praia enquanto surfava. Desta vez, ao voltar as muletas não estavam e foi obrigado ao voltar para o carro aos pulos. Fico surpreso e revoltado porque, em tempos idos, os ladrões "pés-de-chinelo" brasileiros tinham um pouco mais de ética e, nem de longe, assemelhavam-se aos que comentem crime do colarinho branco. Agora, pelo jeito, não respeitam mais ninguém. Roubar as muletas de um amputado enquanto ele, num esforço digno de reconhecimento, pratica esportes, é, antes de tudo, roubar a própria dignidade humana. E quando se chega nesse patamar, talvez o retorno à barbárie seja o nosso destino.


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