Hoje
conheci a comunidade Tikuna de Feijoal, que fica 1h30h distante de Benjamin
Constant, de voadeira, um barco que desliza a uma velocidade muito acima da
velocidade das canoas. Esperava encontrar algum traço da cultura indígena. O
que vi foi um povoado similar a qualquer pequeno município do Amazonas, com
seus inúmeros problemas infraestruturais, inclusive, os mais grave deles: a
falta de investimento em Educação. O que mais me chocou, porém, foi a falta de
qualquer traço da cultura Tikuna. O máximo que vi foi um forno de fazer farinha
em uma das casas. Em conversa com o Cacique da comunidade, ouvi:"O índio
hoje quer asfalto, carro, celular, televisão... Mas, quem trouxe isso para
ele?" Fica fácil entender que ainda não abandonamos a velha visão do
invasor europeu: que transformar os índios, na marra, em capitalistas. O saldo
disso são mortes por suicídio, alcoolismo e prostituição. Lastimável que marcas
culturais sejam enterradas ao longo do tempo e que só reste a própria língua
Tikuna como indicador da resistência de um povo.
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OBS:
Post do dia 26/08/2013
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