terça-feira, 27 de agosto de 2013

Marcas culturais enterradas

Hoje conheci a comunidade Tikuna de Feijoal, que fica 1h30h distante de Benjamin Constant, de voadeira, um barco que desliza a uma velocidade muito acima da velocidade das canoas. Esperava encontrar algum traço da cultura indígena. O que vi foi um povoado similar a qualquer pequeno município do Amazonas, com seus inúmeros problemas infraestruturais, inclusive, os mais grave deles: a falta de investimento em Educação. O que mais me chocou, porém, foi a falta de qualquer traço da cultura Tikuna. O máximo que vi foi um forno de fazer farinha em uma das casas. Em conversa com o Cacique da comunidade, ouvi:"O índio hoje quer asfalto, carro, celular, televisão... Mas, quem trouxe isso para ele?" Fica fácil entender que ainda não abandonamos a velha visão do invasor europeu: que transformar os índios, na marra, em capitalistas. O saldo disso são mortes por suicídio, alcoolismo e prostituição. Lastimável que marcas culturais sejam enterradas ao longo do tempo e que só reste a própria língua Tikuna como indicador da resistência de um povo.

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OBS: Post do dia 26/08/2013

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