quarta-feira, 11 de abril de 2012

A esperteza dos empresários de ônibus de Manaus


Incentivada ou não pelos irmãos Josildo e Jaildo dos Rodoviários, o certo é que a greve de ontem, dos motoristas de ônibus de Manaus, foi geral. E isso, ou seja, uma categoria parar completamente as atividades em época de “Governo dos Trabalhadores” merece registro. Mais ainda pela forma como ocorreu. A versão oficial dos motoristas é que as empresas, ao formarem os consórcios, “desfizeram-se” e não pagaram o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deles. Nada mais justo que parem e lutem por justiça. No fundo, indiretamente, os motoristas terminaram por denunciar essa situação absurda que foi estabelecida: a “morte” de algumas empresas e a criação de outras, dos mesmos empresários, apenas para fazer parte do “novo” consórcio. Com esse tipo de procedimento eivado de esperteza, os empresários pretendiam se livrar das dívidas trabalhistas. A prática mais parece uma tentativa de burlar a Justiça do Trabalho e recontratar os mesmos trabalhadores. Ao que parece, foi contra isso que os motoristas se rebelaram. E o fizeram corretamente, à parte as questões internas de poder envolvendo o Sindicato. Pode ser que assim os empresários do setor deixam de tentar ser mais espertos que a esperteza.

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