Para evitar que os
torcedores se encontrem, briguem e provoquem mortes, a Federação Mineira de
Futebol tomou uma decisão polêmica: só torcedores dos times mandantes entram em
campo. Hoje, por exemplo, no jogo entre Atlético Mineiro e Cruzeiro, as duas
maiores rivalidades do futebol mineiro, somente torcedores do Atlético entram
no Estádio. Não se pode negar que se trata de uma medida extrema que,
certamente, reduzirá, em muito, o número de confrontos e mortes nos estádios.
Será, porém, que medidas como essas colaboram para o processo de civilidade?
Não seria mais importante rezar pelo Estatuto do Torcedor e garantir a
convivência pacífica entre torcedores adversários? Considero um péssimo exemplo
segregar torcedores. Cabe ao Estado aplicar políticas públicas que estimulem a
convivência pacífica entre contrários. Dividir torcedores rivais para evitar
tumulto é similar ao que fez Pilatos no julgamento de Jesus Cristo: lavar as
mãos. É preciso refletir sobre esse tipo de atitude extrema e não transformá-la
em exemplo a ser seguido no País.
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