domingo, 8 de abril de 2012

Péssimo exemplo do futebol de Minas Gerais


Para evitar que os torcedores se encontrem, briguem e provoquem mortes, a Federação Mineira de Futebol tomou uma decisão polêmica: só torcedores dos times mandantes entram em campo. Hoje, por exemplo, no jogo entre Atlético Mineiro e Cruzeiro, as duas maiores rivalidades do futebol mineiro, somente torcedores do Atlético entram no Estádio. Não se pode negar que se trata de uma medida extrema que, certamente, reduzirá, em muito, o número de confrontos e mortes nos estádios. Será, porém, que medidas como essas colaboram para o processo de civilidade? Não seria mais importante rezar pelo Estatuto do Torcedor e garantir a convivência pacífica entre torcedores adversários? Considero um péssimo exemplo segregar torcedores. Cabe ao Estado aplicar políticas públicas que estimulem a convivência pacífica entre contrários. Dividir torcedores rivais para evitar tumulto é similar ao que fez Pilatos no julgamento de Jesus Cristo: lavar as mãos. É preciso refletir sobre esse tipo de atitude extrema e não transformá-la em exemplo a ser seguido no País.

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