quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A diferença basilar entre Collor e Lulla


Aos que me questionam o porquê de Collor ter caído em função de um Fiat Elba e de uma cachoeira artificial na Casa da Dinda e lula ter resistido às pressões do Mensalão, saído imune e vencido Geraldo Alckin, respondo: há uma diferença basilar entre Collor e Lulla. O primeiro pensou que tinha o povo ao seu lado, conclamou-os a irem as ruas defender o seu mandato e quebrou a cara. Com Lulla é muito diferente. Além de grande parte de o povo brasileiro estar ao lado dele “para o que der e vier”, existe a aguerrida militância do Partido dos Trabalhadores (PT), teleguiada pela Direção Nacional, que faz, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, exatamente o que a cúpula mandar. Não é à toa que criaram a figura de um partido fictício, o Partido da Imprensa Golpista (PIG), para impingir a essa entidade fantasma todos os males do PT e de sua direção comprovadamente corrupta na Era Lulla. Dia desses, vi uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) na qual revelava a um dos jornalistas que o entrevistava que o PSDB não foi às ruas pedir o impeachment de Lulla à época do Mensalão porque “a democracia brasileira ainda era relativamente jovem e não suportaria um novo impeachment”. Pura balela de FHC. Não o fizeram porque o PSDB não sabe o que é rua, não tem militância e não teria nenhuma força política para propor o impedimento de Lulla. Posar de bom-moço e dizer que o PSDB preservou a democracia brasileira e tentar esconder a incompetência coletiva do partido. Com todos os problemas de corrupção pelos quais o País se depara agora, não há termo de comparação entre os governos do PSDB e do PT. Ressalto, porém, que Lulla tem o inegável mérito de refinar as políticas econômicas, sociais e educacionais do governo tucano, aplicar uma média receita intervencionista e dar um xeque-mate no tucanato, que terá sérias dificuldades para voltar ao poder. Além de ter o povo e a militância ao seu lado, Lulla sabe fazer política mil vezes melhor do que Collor. Não é à toa, inclusive, que o tem como aliado atualmente.

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