Há uma lenda na democracia brasileira que
prega o equilíbrio entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. O
episódio do Mensalão, por exemplo, é uma nítida demonstração de que o Executivo
não sabe atuar com a independência regendo as relações, mas sim, com a
subserviência. Comprar deputados com emendas parlamentares ou mantê-los
subservientes com base em pagamentos mensais, em espécie, como ocorreu com o
Mensalão, é a face cruel dessa relação cretina da democracia brasileira. Ao
Executivo só interessa um Legislativo de joelhos e, de preferência, um
Judiciário com o mesmo grau de subserviência. Isso fica nitidamente demonstrado
cada vez que há uma eleição para a escolha do Presidente da Assembleia
Legislativa do Amazonas (ALE-AM), por exemplo. Os deputados, ao invés de
escolherem um presidente da ALE que seja um representante do povo, votam em
quem o governador de plantão escolher. Essa é uma prática rotineira que
demonstra, claramente, a cretinice que impera no discurso do equilíbrio entre
os poderes. O Executivo, em verdade, sufoca o Legislativo e, os dois, juntos,
pressionam o Judiciário o máximo que podem com o fim de a regra ser a
impunidade. É nesse jogo de subserviência que se equilibra a democracia brasileira.
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