Temos sempre a tendência a ver o mundo
apenas pelo viés de apenas uma perspectiva do olhar. Mais ainda: o furor
coletivo, aliado a algumas viseiras culturais que nos foram impostas pela
formação agostiniana, nos impedem de ver que o mundo é um sistema. O mais
complexo. E que todas as coisas se interconectam entre si para desaguar nessa
ação mais simples do mundo que é viver e mais paradoxalmente complexa que é a
vida. Pois bem! Empurrada pela fúria coletiva provocada pela tragédia ocorrida
em Santa Maria, quando mais de 250 pessoas morreram em função da inoperância do
poder público, a Prefeitura de Manaus desandou a fechar quase todas as casas
noturnas da cidade, muitas delas que nunca deveriam ser autorizadas a
funcionar. Foram tão rigorosos e vorazes que só ontem descobriram que um bar
famoso da cidade, localizado à Praça 14 de Janeiro, cometeu "crime
ambiental" por ter um pirarucu em um aquário. Apesar dos exageros da
operação, necessária por sinal, uma crise se instalou no setor: músicos não
sabem como fazer para pagar a feira do fim de semana. Grande parte deles tocava
em casas noturnas, que pagam "no apurado", ou seja, a cada dia, a cada
show. E agora? É preciso ter um olhar do todo para "sentir" o quanto
vidas são afetadas quando medidas assim são tomadas. Caso o problema não seja
solucionado rapidamente, a crise pode ser muito maior. Algo tem de ser feito. E
logo!
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