De ontem para hoje fiquei a me perguntar:
falei tanto do Artur, e do Omar? Lembro-me, como se hoje fosse, quando uma
repórter do jornal Valor Econômico, de São Paulo, ligou-me e pediu-me que fazisse
uma avaliação de "como seria o Governo Omar?" Respondi, com um
sorriso sarcástico:"Você já perguntou ao Omar se ele quer saber a minha
opinião sobre o futuro governo dele?" Claro, fiz essa observação para que
a repórter ficasse ciente de que fora agredido pelo irmão dele, no dia 11 de
maio de 2009, dentro do auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e
Letras (ICHL). Ela me perguntou se eu me sentia livre para fazer uma análise
isenta, sem misturar os episódios, e prontamente, passei a respondê-la, pois,
afinal, jamais misturei as duas coisas. Até hoje, muito embora alguns
jornalistas, à época, tenham insistido em relacionar o destempero e o
despreparado emocional de Amin Aziz a Omar, jamais, publicamente ou nos bastidores,
relacionei a agressão a qualquer ordem que, por ventura, tenha partido do então
vice-governador do Estado. Para a repórter, naquela época, e nem sei se foi
publicado, pois, não li o material no jornal Valor Econômico, fui incisivo:
"Se o Omar conseguir se libertar do jugo do senador Eduardo Braga, tem
capacidade de fazer um bom governo. Ele foi quadro do PC do B quando estudante
da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), tornou-se um político experiente e,
pode sim, governar bem." Tanto durante a campanha quanto durante os
primeiros anos de Governo, Omar Aziz, não se sabe por que cargas d´água,
escondeu-se atrás da imagem da primeira-dama, Nejmi Aziz, essa sim, um
fenômenos de popularidade nunca visto na história deste Estado. Aos poucos, e
sem que quase ninguém notasse, a primeira-dama se recolheu e Omar ascendeu ao
posto efetivo de Governador do Estado. Pode ter surpreendido a muitos, mas, a
mim (sem nenhum trocadilho relacionado ao nome do irmão dele) não surpreendeu.
Omar Aziz inicia 2013 como aquele juízes de futebol que, ao fim do jogo, nem os
torcedores nem os comentaristas percebem que esteve em campo. A não ser por ter
empurrado Josué Neto (PSD) goela abaixo como presidente da Assembleia
Legislativa do Estado (ALE), Aziz é tão discreto que chega a irritar, dos
inimigos aos colaboradores mais próximos. Talvez seja essa a marca de um bom
governo.
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