Da arte do malabarismo à arte da venda. São
inúmeros os artistas nas esquinas da cidade. Hoje, pela manhã, por exemplo,
embaixo de uma chuva intermitente, vendedores de abacaxi praticavam malabarismo
entre os carros, na esquina da João Valério com a Djalma Batista, como o fazem
durante toda a semana. A maior habilidade deles é a insistência, que, às vezes,
beira a chatice. Na outra esquina, da Rua Pará com a própria Djalma, de quando
em vez, como o fazem, principalmente na Bola do Eldorado, aprecem os
engolidores de fogo, espadas e por aí vai. Praticam o malabarismo para garantir
a própria sobrevivência. Equilibram de bolinhas a frutas (ou se apresentam como
vendedores delas). São, de fato, artistas das esquinas. Que fazem da arte,
inclusive das vendas, o mote para ganhar o pão de cada dia. Nem sempre são
compreendidos. Às vezes muito mal tratados. Vítimas de preconceito. Isolados.
Levam a vida a angariar trocados. São vistos, em muitos casos, como mendigos ou
pouco afeitos ao trabalho. Será, porém, que existe trabalho mais duro que
enfrentar sol e chuva nas esquinas da cidade? Essas pessoas transformam a
sobrevivência em arte. Merecem respeito. Pensemos nisto!
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