sábado, 26 de janeiro de 2013

A pena de morte que já existe no Brasil


Li em um dos jornais que circulam hoje em Manaus que os três assassinos que promoveram a chacina de parte da família Belota foram "jurados" de morte pelos presidiários. Crimes violentos e de grande repercussão na mídia sempre são acompanhados de notícias como essas, quando não, viram comentários velados a respeito do que ocorrerá aos criminosos. Nessas horas concluo que a hipocrisia da vida em sociedade não tem limites. Nos discursos da vida pública somos terminantemente contra a pena de morte. Na vida privada, porém, ou seja, de forma velada, a aceitamos com toda tranquilidade. O que não queremos, como Estado (nem como sociedade), é sujar as mãos na execução de quem é sumariamente condenado pela mídia e pela opinião pública. Se não acreditamos no modelo de Justiça que aí está, como o defendemos? Se sabemos, antecipadamente, que ao entrar na cadeia, ainda que assassinos confessos, serão executados, alguma medida de proteção não deveria ser tomada? Caso não, que se institua logo a pena de morte e o estado seja o responsável pelas execuções. Lavar as mão e transferir aos presos a justiça que queremos fazer com as próprias mãos é um ato de extrema hipocrisia.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário