Li em um dos jornais que circulam hoje em
Manaus que os três assassinos que promoveram a chacina de parte da família
Belota foram "jurados" de morte pelos presidiários. Crimes violentos
e de grande repercussão na mídia sempre são acompanhados de notícias como
essas, quando não, viram comentários velados a respeito do que ocorrerá aos
criminosos. Nessas horas concluo que a hipocrisia da vida em sociedade não tem
limites. Nos discursos da vida pública somos terminantemente contra a pena de
morte. Na vida privada, porém, ou seja, de forma velada, a aceitamos com toda
tranquilidade. O que não queremos, como Estado (nem como sociedade), é sujar as
mãos na execução de quem é sumariamente condenado pela mídia e pela opinião
pública. Se não acreditamos no modelo de Justiça que aí está, como o
defendemos? Se sabemos, antecipadamente, que ao entrar na cadeia, ainda que
assassinos confessos, serão executados, alguma medida de proteção não deveria
ser tomada? Caso não, que se institua logo a pena de morte e o estado seja o
responsável pelas execuções. Lavar as mão e transferir aos presos a justiça que
queremos fazer com as próprias mãos é um ato de extrema hipocrisia.
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