Manaus, definitivamente,
parece ter uma vocação histórica para “Porto de Lenha”. E o grupo político que
governa o Estado e a Capital, criador, mais de oportunistas do que de
oportunidades, em cada ação diária, tende a confirmar os versos do poeta
Aldísio Filgueiras, eternizados na música de Zeca Torres: “Porto de Lenha, tu
nunca serás Liverpoool, com uma cara sardenta e olhos azuis....”. Enfrentei o
temporal de ontem nas ruas da cidade. Em cada lugar que passava, a letra da
música ficava mais cristalina em minha mente. Quando a energia elétrica foi embora
e um caos completou se abateu sobre a cidade, o refrão teimava em voltar,
segundo a segundo, como em fotogramas de um filme antigo. Sentia raiva do descaso,
das grandes obras que geram mais suspeitas sobre a aplicação do dinheiro
público que benefícios para a população. Via o descaso da própria população com
a cidade. O lixo nas ruas. Passei por cima até de uma descarga de carro. Como conseqüência
do lixo, ruas alagadas. Carros mais pareciam barcos. Um caos recorrente e irritante
a cada novo temporal. É como uma tragédia anunciada cujos atores principais são
canastrões que se revezam no poder há anos e transformam a cidade e o estado na
vanguarda do atraso da prática política. Temos uma sociedade e um imenso grupo
político que vive da troca constante de favores numa prática política nojenta,
que afeta todos os níveis de poder no Amazonas. Mais que na infraestrutura,
Manaus é um Porto de Lenha na rasteira política do populismo de estado.
Simplesmente uma vergonha!
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