O Padre Anísio Baldessin,
coordenador da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo, no Semanário
Litúrgico-catequético “O Domingo” (Número 4, de 22/01/2012), apresenta um texto
denominado “Saúde: uma questão de atitude”, que me chamou a atenção pela forma
esclarecedora com que se inicia: “Cuidar da saúde é dever do Estado. Esta
afirmação não merece nenhuma contestação – pois está escrita na Constituição.
Portanto, não podemos querer caminhar na contramão, tirando essa
responsabilidade do poder público. Além disso, pela quantidade de impostos que
pagamos, o governo não faz mais do que a obrigação quando zela pela saúde da
população.” O texto também apresenta dados interessantes que merecem ser
difundidos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento da
qualidade de vida depende em 53% dos hábitos saudáveis; 20% do meio ambiente;
17% da herança genética e 10% da assistência médica. Voltemos ao texto do Padre
Baldessin: “Portanto, não se deve esquecer que a doença é fenômeno intimamente
ligado à natureza, cujas causas devem ser procuradas nela e resolvidas em seu
âmbito. Além disso, é bom lembrar que os cuidados naturais valem até mais do
que qualquer devoção ou ato religioso para preservar a saúde – ainda que estes
também tenham seu papel a cumprir”. Límpido por esclarecer que a saúde não
depende de atos religiosos, o texto não aprofunda uma discussão que precisa ser
travada, Ora, se a qualidade de vida depende apenas 10% da assistência médica,
não significa que estados e municípios devam diminuir os gastos em saúde. Ao
contrário, paralelamente a eles, devem investir massiçamente em esportes,
cultura, atividades de lazer e criação de espaços públicos para a prática
esportiva. O dinheiro público gasto em campanhas promocionais de governadores e
prefeitos também deveria ser investido em campanhas de esclarecimentos sobre os
benefícios dos hábitos saudáveis para a qualidade de vida, portanto, para a
saúde. Assim, os investimentos na construção de hospitais diminuiriam e a
população teria uma vida melhor e mais longa.
Visite também o Blog de
Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques.
Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário