Milhas e milhas de desvatangens

Como todo brasileiro, sou daqueles que adora uma "galinha morta", ou seja, comprar tudo em promoção. Quem tem esse tipo de hábito, porém, costuma, na maioria das vezes, cair em esparrelas. Uma delas é denominada "não sei quantos quilômetros de vantagens", de uma rede de postos de gasolina. Cadastrei-me em um dos postos, sempre que abasteço somo os quilômetros, mas, ainda não tinha efetivamente entrado no site do sistema para ver como funciona. Na prática, os quilômetros de vantagens são milhas e milhas de desvantagens. O que se pode, em verdade, é trocar quilômetros por cupons, para concorrer a prêmios. Ou, trocar quase a distância entre uma cidade e outra por míseros trocados de descontos. Ou, ainda, entrar em um site de leilão que você precisa passar horas e horas e torrar seus quilômetros em lances. Quem sabe, como muita sorte e colaboração da Internet, se não cair, você termina por arrematar algum produto com desconto. Há, porém, loucuras que sós os jogadores inveterados comentem: já vi gente disputando um lote de R$ 300,00 de combustíveis por praticamente o dobro do valor. No fundo, trata-se de um site de jogo, pois um leilão é sim uma espécie de jogo, para passar a ideia de que se leva vantagem em algo. Talvez seja possível levar sim, mas, é preciso, inclusive, que a linha não caia na hora dos lances. Caso não, adeus quilômetros, gastos todos em lances que não levam a nada. A sorte está lançada!

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OBS: Post do dia 30/05/2013

A novela de uma mente doentia

Sinceramente, cá entre nós, leitores e leitoras, a história do triplo assassinato ocorrido em Manaus, quando Jymmy Robert matou o própria pai, a tia e a prima, denominado na imprensa da cidade de "Caso Belota", mais parece uma novela criada pela mente doentia do próprio Robert. Além de matar as três pessoas da família, o assassino confesso parece se divertir em ludibriar a Polícia e a opinião pública com versões que beiram o absurdo ou, mesmo que tenham fundamento, criam um clima mais próxima da obra literária (volto a dizer, de uma mente doentia) do que de contornos da realidade. Na primeira audiência de instrução, Robert mudou tudo o que já havia dito, dentre elas que matara porque fora cobrado pelo namorado recente, para, agora, incriminar a esposa do seu avô. Segundo ele, ela seria a mentora do triplo assassinato na família. A trama pouco crível, aparenta ser coisa de quem quer brincar com a dor da própria família, espalhando mais dor e terror. Ao que tudo indica, esconde, no fundo, o gosto do assassino confesso por manipular mentes e corações.

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A banalização da violência na Amazônia

Em Manaus, dois corpos decepados encontrados em duas caixas. Em Sena Madureira, no interior no Acre, uma menina de 14 anos morta, com o pescoço decepado. Nos dois casos, algo em comum: a versão de que se tratava de acerto de contas. Tenho poucos detalhes das mortes em Manaus. Em Sena Madureira, a menina, de acordo com os próprios pais, fora atraída para "assaltarem um caminhão" pela líder do grupo ao qual pertencia para, em seguida, ter a execução decretada. No caso, o acerto de contas ocorreu porque a menina namorava o marido da líder e teve o "caso" descoberto. O acerto de contas, portanto, segundo a versão que corre na cidade, foi passional. Tanto as mortes de Manaus quanto a morte de Sena Madureira, representam, no fundo, o processo de banalização da violência na Amazônia, principalmente em função dos grupos que atuam no tráfico de drogas. Essas mortes recentes dão sinais de um retorno insano à barbárie. Até quando assistiremos, impassíveis, vidas serem ceifadas em episódios nos quais a vida pouco ou nada vale!?

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O movimento dos sem-vergonha

Há, embora informalmente constituído, um dos movimentos mais fortes na política brasileira, muito além dos sem-terras ou dos sem-tetos, é o movimento dos (políticos) sem-vergonha. É um movimento que arrebanha membros em todos os quadrantes do País. Na minha cidade natal, Sena Madureira, então, localizada a 144 da capital, Rio Branco, há tantos próceres que mais parece ser a sede nacional desta empreitada baseada em surrupiar dinheiro dos cofres públicos. Nos últimos anos, a cidade elegeu a nata da sem-vergonhice local e aprendeu, como nunca, a se locupletar do dinheiro público. O momento atual só tem paralelo com a época em que Normando Sales deixou a prefeitura em frangalhos, pegou um avião e se mandou, e os funcionários da Prefeitura ficaram sem pagamento. Entre os "adoradores" deste movimento, honestidade administrativa se paga com ingratidão, enquanto eles, os eleitores, também se locupletam com míseros trocados em troca de votos. E a cidade que afunde nos buracos, no lixo e na inoperância da Prefeitura. A Sena Madureira de hoje me enche de vergonha. Não fossem minha mãe e meus irmãos, não teria o menor prazer em pisar no solo no qual nasci. A Sena Madureira dos últimos anos envergonha que por ela passa: desde à saída de Rio Branco, com a estrada, passando pela ruas esburacadas e abandonadas. Nitidamente falta governo e sobra falta de vergonha.

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Cuidados para não se ultrapassar a franquia

Quem tem plano de telefone nas Operadoras de celulares do País deve tomar todo o cuidado do mundo para não ultrapassar os gastos estabelecidos nas franquias. Extrapolar estes limites significar pagar contas estratosféricas. E, quase sempre, ninguém está preparado para gastos de tamanha monta. E, o que é pior: o máximo que se consegue é renegociar a dívida com as operadoras. No entanto, não parece ser a solução mais viável porque, além dos juros, que também são extorsivos, o cliente terá de pagar, nos meses seguintes, o valor da franquia. O mais prudente mesmo é gerenciar bem os pacotes oferecidos pelas operadoras e não ultrapassar os limites estabelecidos nos planos assinados para não se chegar ao final do mês com uma conta que pode se tornar impagável!

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A lenda do asfalto frio e do barro molhado

Sena Madureira, minha cidade natal, em um tempo não muito distante, era uma das cidades mais bem cuidadas do Acre. Erros estratégicos terríveis cometidos pela prefeita Toinha Vieira, certamente a melhor prefeita que a cidade já teve após a era José Nogueira, entregaram a cidade a uma espécie de gangue comandada por Nilson Areal. Em oito anos de administração, Areal consegui perder o mandato, recuperá-lo, à muito custo, na Justiça, depois sair preso. Ainda assim, mais um vez por novos erros estratégicos do grupo comandado por Toinha Vieira, conseguiu por na Prefeitura de Sena o atual prefeito, Mano Rufino, um zero à esquerda lastimável, uma verdadeira nulidade que tem como obra-prima a criação da "lenda do asfalto frio". É isso, leitores e leitoras! O prefeito de Sena Madureira, uma cidade que, atualmente, não tem buracos nas ruas porque as ruas são um buraco só, criou a lenda de que a recuperação das referidas ruas será feita como "asfalto frio". Trata-se, na verdade, de barro vermelho e molhado, nada mais! Como preposto e "peteleco" de Nilson Areal, Mano Rufino saiu-se muito bem! Criativo como ele só, conseguiu, ao máximo, uma lenda que nem como canção de ninar para bois, serve! Mano Rufino, que nem conheço pessoalmente, pela "obra" na cidade, já se revelou um tremendo cara-de-pau: excelente testa-de-ferro de Nilson Areal. Tem futuro garantido na galeria dos mais incompetentes prefeitos da cidade! E nem precisará completar o mandato.

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OBS: Post do dia 25/05/2013

Lembranças de leis inócuas

Hoje, li, na Internet, especificamente no Twitter, a postagem de um colega jornalista em busca de alguém que pudesse indicar uma farmácia que possuísse um Kit de Primeiros-Socorros. Segundo ele, nenhum estabelecimento de Manaus tinha o Kit por ele procurado. Lembrei-me, então, da época em que uma determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Cotran), tornava item obrigatório, nos veículos, o Kit. Não há dúvidas de que, numa emergência, um Kit de Primeiros-Socorros é fundamental para que se possa agir e minorar os problemas de quem passa por um acidente. Torná-lo obrigatório nos veículos, no entanto, mais para uma daquelas magias que os executivos de gabinete tentam cabalar. O País se tornaria muito melhor se o respeito ao outro, ao próximo ao ser humano fosse regra permanente da vida em sociedade e não uma obrigação escrita em lei. Quando isso ocorre, a tendência é que as leis se tornem inócuas.

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OBS: Post do dia 24/05/2013

Os golpes que envolvem doações

Ontem, neste espaço, abordei a questão dos golpes envolvendo, principalmente, oferta de cartões de créditos e similares. Há, também, um que exige muito mais cuidado de todos nós: quando se trata de algum tipo de doação. Recentemente, quase fui vítima de um golpe desses por parte de alguém a usar o nome de uma dessas organizações que cuidam de menores em situação de risco. A pessoa, do outro lado da linha, mexeu com os meus brios de antigo doador daquela organização. Fez todas as falas possíveis a respeito do ato de ajudar uma daquelas crianças. Tudo ia tão bem, até a pessoa pedir para confirmar meus dados, inclusive, os dados bancários. Fiquei extremamente condoído, porém, disse:"Sinto muito, mas, se eu tiver e confirmar dados bancários, suspenderei a doação". E foi o que ocorreu! Suspendi a doação. Não sei se fui justo ou não. No entanto, aconselho a quem me ler aqui a não confirmar dados bancários e de cartões de crédito em hipótese nenhuma, sob pena de correr riscos desnecessários de ser vítima de um golpe. Nesses casos, é sempre bom manter a prudência!

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OBS: Post do dia 23/05/2013

Golpistas profissionais ao telefone

Os cuidados com golpes praticados por profissionais de extrema habilidade não podem se concentrar apenas na rede mundial de computadores, a Internet. Na rede, pessoas de boa índole e boa fé caem, constantemente, em golpes bem engendrados por escroques de altíssima periculosidade. Os "bandidos virtuais" descobriram, pelo jeito, que as práticas criminosas também podem ser muito bem sucedidas em uma plataforma muito mais tradicional que a Internet: o telefone. è preciso ficar atento porque, na maioria das vezes, eles se apoderam de dados iniciais do cliente, geralmente das operadoras de telefonia, e ligam para oferecer inúmeras facilidades. No mais das vezes, são bandidos de excepcional habilidade em ludibriar incautos. Na conversa, tentam "confirmar" seus dados com a finalidade de "implantarem" alguma promoção para a qual o seu número foi sorteado. Fique atento, seja forte e não se deixe enganar. Empresa nenhuma que possui oficialmente seus dados liga ou manda recado a querer confirmá-los. Sempre que isso ocorrer, ainda que seja alguma ligação oficial da empresa, o melhor mesmo é desconfiar sempre.

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Cartões não solicitados geram danos morais

A prática recorrente das administradoras de Cartões de Crédito e Bancos de enviarem a tarjeta, ainda que bloqueada, a possíveis clientes, mais uma vez foi considerada abusiva pela Justiça brasileira. Com isso, quem recebe cartões indevidamente tem o direito de recorrer às Justiça e faz jus a indenizações por "práticas comerciais abusivas". Já não era sem tempo de a Justiça brasileira tomar posições duras contras as práticas abusivas dessas empresas de cartões de crédito e dos bancos. Práticas comerciais com essas características são recorrentes no mercado brasileiro em todos os níveis, principalmente com a venda casada de produtos e serviços. O cliente precisa estar atento constantemente para não ser lesado em seus interesses individuais e, principalmente, no direito sagrado de poder escolher o produto ou serviço a ser comprado e não ser obrigado a comprar algo a mais em função "das promoções" e de "o que a empresa disponibiliza" nos pacotes Y, Z e quetais. Reagir e não se deixar pressionar é o melhor que se faz.

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Neoliberais com verniz socialista

Não é de hoje que afirmo ser o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) uma espécie de alter ego do Partido dos Trabalhadores (PT). A recíproca também é verdadeira. Aliás, para ser mais justo, o PT consegue ser tudo que o PSDB sonhou, desde a sua criação, e nunca conseguiu ser: um partido neoliberal com verniz socialista. Talvez isso explique, com clareza, a dificuldade que o PSDB tem em fazer oposição. Afinal, como ser opositor de quem "faz tão bem" o que se gostaria de fazer? Antes, dizia que os dois partidos eram irmãos siameses, o que irritava profundamente alguns petistas de carteirinha. Agora, talvez esteja bem mais claro ser o PSDB o partido se enxergar no PT. Como não se tem notícia de algum tipo de divã capaz de resolver o problema, quem ganha com essa crise de identidade do PSDB é o próprio PT, que navega em céu de brigadeiro rumo à conquista de mais um mandato presidencial em 2014. Tudo isso em função de um PSDB que não sabe ser oposição por, certamente, devotar admiração incomensurável ao adversário.

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Remuneração maior e informalidade

Ao promulgar, no último dia 02/04/2013, em sessão solene, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) denominada PEC das Domésticas, oficialmente, O Senado dá as empregadas domésticas os mesmos direitos dos demais trabalhadores, 25 anos depois da Constituição Cidadã de 1988. Com a aprovação da PEC das Domésticas, passou a valer a jornada de trabalho de oito horas diárias e 44 semanais, bem como:

- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo;

- Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção;

- Jornada de trabalho de até oito horas diárias e 44 semanais;

- Hora extra de, no mínimo, 50% acima da hora normal;

- Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

- Reconhecimento dos acordos coletivos de trabalho;

- Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

- Proibição de qualquer discriminação do trabalhador deficiente;

- Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho e a menores de 16 anos, exceto aprendizes (14 anos).

A intenção era das melhores e, é justo, que as Domésticas tenham seus direitos assegurados como os demais trabalhadores, inclusive, o direito de serem chamadas efetivamente de Domésticas e não outros eufemismos tais como secretária do lar e quetais. Na prática, o que parecer ter ocorrido até agora, é um processo de demissão em massa e substituição pelas Diaristas, que não se enquadram nos rigores da Lei, nem precisam receber férias e décimo terceiro, por exemplo. No marcado de Manaus, uma Diarista das mais caras cobra R$ 80,00 mais o transporte, o que dá um total de R$ 86,00. A mesma Diarista, para ser considerada como tal, só pode prestar serviços dois dias na semana. Há quem já esteja contratando duas Diaristas para fugir da Lei. O tiro do combate à informalidade parece ter saído inteiramente pela culatra. Por outro lado, ao que tudo indica, dobrará o emprego informal (como Diarista) e a remuneração delas será maior. Terão de trabalhar em dois ou três lugares. Ao final do mês, porém, haverá mais dinheiro no bolso. Essa parece ser a tendência!

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Ceticismo em relação às campanhas oficiais

Padeço de um mal que, certamente, não afeta os comuns mortais que vivem no "País das Amazonas" ou no "Mundo de Alice" criado pelos que vão às Praças e ruas, ano a ano, para o Oba, Oba, oficial do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, "comemorado" hoje, dia 18 de maio de 2013. Em Manaus, a data será marcada por um "ato", às 8h, no Largo de São Sebastião, "com a participação de autoridades, representantes da sociedade e artistas." Os chamados oficiais dão conta de que "a campanha de mobilização ocorre simultaneamente em 46 municípios amazonenses." De todas as frases-feitas, que mais parecem piadas-prontas, usadas para divulgar, nas Mídias Digitais e fora delas, as ações oficiais em torno do dia, uma me parece lapidar e ilustradora da total falta de conhecimento sobre o tema: "Nós estaremos lá para apoiar as vítimas de abuso e exploração sexual." Caros leitores e leitoras! É impossível apoiar as vítimas de abuso e exploração sexual, ainda mais em se tratando de crianças e adolescentes, com uma simples "passeata na Praça". Se essas ações rocambolescas não forem seguidas de medidas efetivas e da implantação de uma política permanente e integrada de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, sempre haverá a exploração barata do tema com fins políticos, principalmente em datas como a de hoje. Em seguida, tudo volta à "normalidade" e as vítimas de violência sexual ficam sem receber o apoio médico e psicológico que verdadeiramente precisam.

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Os semáforos móveis nas ruas de Manaus

Hoje, ao voltar da escola dos meu filhos pela Avenida Mário Ypiranga, antiga Recife, tive, mais uma vez, a comprovação de que os "grandes viadutos" da cidade, que receberam o nome pomposo de Complexo Viário, em verdade, tiveram a boa intenção de criar soluções, porém, muito possivelmente por não terem sido feitos estudos adicionais sobre o aumento do fluxo de veículos nas proximidades, criaram mais problemas. Ou, no mínimo, criaram novos problemas. Hoje, de novo, no horário das 7h, o trânsito precisava de auxílio no "pé" do Complexo Viário Miguel Arraes, na Mário Ypiranga. Qual o motivo? O fluxo intenso de veículos não permitia aos condutores que vinham das Avenidas Grande Otelo, no Parque 10 de Novembro, ou Darcy Vargas, "pegassem" o Viaduto. Solução mágica encontrada? Desloca-se um Agente de Trânsito para o local nos horários de pico e ele passa a funcionar como se fosse uma espécie de "semáforo móvel". Ora, trata-se de uma solução paliativa para um problema criado por uma obra mal planejada. A função precípua de um Agente de Trânsito sempre tem de ser contingencial. Quando a presença de um desses "marronzinhos" torna-se permanentemente necessária é porque o problema se tornou crônico. E, se é crônico, a solução precisa ser definitiva. Neste caso, ainda que se crie mais uma daquelas aberrações que só ocorrem em Manaus, um semáforo no "pé" de um Viaduto, é muito mais humano, inclusive, do que transformar Agente de Trânsito em semáforo móvel.

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As muitas visões estreitas na sociedade

Li, estarrecido, em um comentário no Twitter, alguém (não vou citar o nome porque devo preservar o respeito coletivo ao ser vivo), um argumento dos mais estapafúrdios para ser contra o aborto. A pessoa justificava que até nos casos de estupro era contra o aborto porque estupro só ocorre porque a mulher é exibida. Ou se trata de alguém que segue a mesma seita do pastor e duble de deputado, Marcos Feliciano, ou é uma pessoa com visões extremamente estreitas a respeito da própria vida em sociedade. Não é possível, em pleno Século XXI, uma pessoa relacionar como causa de um estupro o fato de a mulher "se exibir". Aos homens todos os direitos e, às mulheres, nada? Desde quando o fato de uma mulher "se exibir" significa que ela esteja dizendo ao primeiro que passa:"vem, vem me estuprar?". Esse tipo de relação entre o modo de se apresentar e o fato de se "arrumar bem" com uma espécie de hebeas corpus para o estupro só pode ser parte de uma cegueira coletiva em relação aos direitos da mulher. Deve ser constantemente combatida essa visão estreita, por ser cruelmente machista e sem nenhum nexo. Mulher tem de ser livre, inclusive, para ser livre.

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Os bons serviços da PGFN em Manaus

Não é de hoje que a Fazenda Nacional é apontada como um dos serviços mais eficientes de Internet no País. Possui o mais completo serviço on-line chamado Central de Atendimento ao Consumidor (e-CAC). É no mesmo sistema que funciona a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), on-line, por meio da qual se negocia parcelamentos em até 60 meses, emite-se o Documento de Arrecadação Federal (Darf). Por um problema com o sistema do Banco no qual possuo conta e autorizei o débito automático, três parcelas atrasaram e fui "levado" para a PGFN. O órgão encaminhou um Darf com o valor total da dívida, que, obviamente, eu não tinha condições de pagar, com vencimento para o dia 30 de abril de 2013. Paguei a primeira parcela um dia antes do vencimento. Hoje, ao entrar no sistema para emitir o boleto a vencer no dia 31 de maio de 2013, fui surpreendido: a operação havia sido cancelada. Os bons serviços da PGFN, tanto on-line quando em Manaus começam a saltar aos olhos. Liguei para o número 0800 que constava no Portal e-CAC. Foi atendido rapidamente e me encaminharam de volta ao Portal. Encontrei, no portal, todos os contados da PGFN em Manaus. Liguei, fui prontamente atendido ao telefone. A pessoa me atendeu com uma gentileza invejável e me encaminhou ao CAC (físico) em São Jorge. Lá chegando, com a indicação da pessoa que me atendera ao telefone, tudo me foi explicado com extrema educação e, em pouco menos de 10min, meu problema havia sido resolvido. Quando a filosofia de trabalho é prestar bons serviços ao cliente, tudo flui melhor. A Fazenda Nacional e a PGFN merecem o registro.

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Plano de Saúde: melhor não precisar usá-lo

No dia 10 de maio deste ano, aqui neste mesmo espaço, sob o título "O lixo dos Planos de Saúde", comentei as exigências para a autorização de um exame de Ressonância Magnética ao qual precisaria me submeter. Passadas as 48h iniciais, fui informado ontem pela Clínica que o meu exame não fora autorizado pois a Geap Fundação de Seguridade Social (vou logo revelar o nome antes não revelado) exige um laudo do médico para poder justificar a liberação ou não do exame. Senti-me ultrajado e lesado ao mesmo tempo. Ora, se o médico solicita um exame, acredito, é por considerar necessário para um diagnostico preciso. Estou "bolando" de um lado para o outro desde o dia 9 deste mês. Tratado como se fosse um criminoso a tentar burlar o Plano de Saúde. Sinto-me como se eu e meu médico fossemos membros de uma máfia que "ganha a vida" a fazer exames desnecessário. Meu Plano de Saúde é descontado em folha. Pago quase R$ 5 mil por ano para, quando precisar, não poder ter o serviço. Trata-se de um absurdo! Entendo que, se a Geap não confia nos médicos cadastrados, que monte um serviço de autorização com médicos especializados em laudos e diagnósticos de nós, os pacientes. Só não aceito é ser tratado como se fosse previamente um criminoso. Para quê ter um Plano de Saúde numa situação dessas? Raramente preciso recorrer ao médico, quando o faço, sou ultrajado e desrespeitado. Fiquei com a sensação de que passo o ano inteiro a jogar dinheiro fora.

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Manaus dos esgotos e buracos

É de causar dó acordar e ver, em um dos jornais da cidade, que Manaus, entre 15 pesquisadas, é a terceira maior em quantidade de esgotos a céu aberto. Isso, talvez, explique que, independentemente da ação da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM), os buracos tendem a aumentar a cada dia. Há que se levar em conta as constantes chuvas que desabam sobre a cidade, como a da madrugada de hoje, por exemplo, que chegou a transbordar o Igarapé do Mindu. Só elas, no entanto, não podem ser constantemente as causadoras da buraqueira que se acumula nas ruas da cidade. Todos sabemos que, nos últimos anos, o único prefeito que se preocupou com a infraestrutura de esgotos fora Arthur Neto, em seu primeiro mandato, de 1  de janeiro de 1989 a 1  de janeiro de 1993. O bom trabalho feito por ele nesta área, porém, à época, não rendeu popularidade similar às obras populistas de muitos políticos. O fato, no entanto, não pode deixar Neto tão escaldado a ponto de não investir, de novo, no que deve ser feito. Sem um sistema de esgoto que funcione efetivamente, a cidade sofrerá com valas, buracos e sujeiras. São obras que aparecem pouco, mas, são estruturantes e fundamentais para o funcionamento decente de uma cidade. Neto deve pensar e agir nesta direção assim que o período de chuvas passar.

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Venda casada nos serviços farmacêuticos

A legislação brasileira proíbe a venda casada de produtos e serviços. Trata-se, porém, de mais uma daquelas leis "para inglês ver" e brasileiro ser ludibriado. As operadoras de telefonia celular, por exemplo, abusam do artifício, com os tais pacotes chamados "Combos", que incluem até assinatura de TV Digital. Na entrada dos cinemas, o que mais existe é o "Combo" numerado para a venda casada de pipoca com refrigerante. Não sabia, porém, que até para o serviço ambulatorial de aplicação de injeções a venda é casado com a compra do medicamento e das seringas nas farmácias que "ofertam" o serviço. Descobri hoje, por necessidade, como funciona nas farmácias de Manaus. Como parte do tratamento para o problema que enfrento na coluna cervical, precisei do serviço de aplicação de injeções. Passei por várias farmácias e nenhuma das que encontrava aberta possuía o serviço. Na única que encontrei, fui perguntado pelo balconista "se havia comprado o medicamento lá". Expliquei que não, mas, precisava tomar a injeção para não suspender o tratamento que fazia. Ele pensou e decidiu:" Tá bom! Pague lá no caixa a seringa!". Feito o pagamento, fui ao ambulatório. A enfermeira foi logo perguntando:"O senhor comprou o medicamento aqui?" Respondi que não. Ela então disse:"E não pagou a aplicação?" Argumentei que o atendente do balcão não me avisou (ou me dispensou) do pagamento. Ela insistiu:"Mas o senhor tem de pagar para mim. Não há código da Sefaz para a tributação desse tipo de serviço". Perguntei quanto custava e ela respondeu, a contragosto, que era R$ 3,00. Revirei a carteira e, trocado, só encontrei R$ 2,00. Ela aceitou. Fez a aplicação da injeção, mas, quando eu saía, alertou:"Fiz desta vez. Mas, da próxima vez, se o senhor não comprar o medicamento na farmácia não farei a aplicação". A quem reclamar?!

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Insensibilidade e violência psicológica

Desde o dia 03 de maio de 2013, data na qual ocorreu o fato, calei-me por completo. Resolvi esperar o desenlace para me manifestar. Li, estarrecido, no Blog do meu irmão, Gilberto Vieira Monteiro, a violência cometida pelo seu vizinho, um deputado estadual do Acre, filho de Sena Madureira, que muito provavelmente teve até os votos de alguém da nossa família ou da família da minha cunhada. Naquele dia, ele (o deputado, o qual não mencionarei o nome) e sua esposa deram uma demonstração, acima de tudo, de falta de sensibilidade. Por volta das 22h do dia 03 de maio deste ano, minha sobrinha de 1,9 anos, A. L. A. M., acordou em pânico com os rojões soltados na casa do "ilustre" deputado. Meu irmão e a sua esposa foram chamados em casa porque a filha deles, minha sobrinha, estava inconsolável. Tentaram uma solução apaziguadora. Foram à casa do deputado, explicaram a situação, e pediram para que fogos não fossem mais soltos. Depois de um intervalo não muito longo, os "anfitriões", que davam uma festa, desandaram a soltar rojões até 1h30 da madrugada de sábado, dia 4 de maio de 2013. Por pura falta de senilidade e arrogância extrema de um deputado, que sempre fora um zero à esquerda desde que entendo por gente, minha sobrinha padece, agora, de "estresse pós-trauma" e terá de ser submetida a uma "Terapia de Dessensibilização Sistemática." O caso foi parar na delegacia e o deputado, aos rojões, conseguiu aparecer mais do que durante todo o tempo de mandato. A violência psicológica e a falta de sensibilidade só não são piores que a arrogância.

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O lixo dos Planos de Saúde no Brasil

Hoje vivi um problema que me mostrou, de forma cristalina, que "atendimento é tudo" em se tratando da prestação de serviços. Mostrou, também, que os Planos de Saúde, no Brasil, são um lixo: vão sempre te deixar à mão em caso de uma necessidade urgente. Tive uma contratura no músculo lombar da coluna cervical que me provoca até dificuldades em respirar há dois dias. Hoje, fui ao médico porque as dores subiram e já atingiam a altura do tórax, aumentando ainda mais a dificuldade em respirar. Além da medicação, me foram solicitados Raios X e uma Ressonância Magnética. Procurei uma das empresas que prestam os serviços de radiodiagnóstico e atendem por meio do Plano de Saúde do qual sou titular. A atendente foi logo me dizendo, friamente, que no caso da Ressonância, eu teria de agendar, pois a operadora no plano demora pelo menos 48h para liberar a execução do Exame. Falei da urgência que tinha em função da necessidade de um diagnóstico mais preciso e rápido. Ela nem ligou e respondeu friamente que não daria. Tudo bem, então, aqui, não faço nenhum desses exames. Pensei, falei e fui embora. Já em casa, liguei para outra empresa para perguntar se faziam o mesmo serviço e se atendiam por meio do meu Plano de Saúde. Diversamente da atendente da empresa concorrente, esta, tratou-me muito bem, importou-se com o problema e tentou até solucioná-lo. Infelizmente, porém, disse ela, o Plano não autoriza antes de 48h. Pelo bom atendimento e o interesse, resolvi realizar os exames na segunda empresa. Só não me conformei com tamanho tempo de espera para autorizar um exame. Só o farei terça ou quarta-feira. E se o que provoca a dor terrível que ainda sinto for algo grave, que precise de um diagnóstico rápido e um tratamento específico imediato? Só farei os exames daqui a seis dias? De que adianta, afinal, pagar um Plano de Saúde se, quando você mais precisa, é obrigado a esperar o quando eles bem entenderem? Como podem fazer algum tipo de juízo de valor (ou laudo) a partir da solicitação de um médico? Vão levar em conta o quê para negar ou não o pedido de exame?

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O fim da lua-de-mel na Internet

A lua-de-mel entre concorrentes, que se integravam com o único fim de "melhorar a experiência do usuário" parece ter seus dias contados. O TweetDeck, plataforma que integra várias redes sociais em um só lugar, adquirida pelo Twitter, já anuncia que o Facebook foi removido do processo de integração. O velho mantra de que "não existe jantar de graça", ao que tudo indica, começa a ser entendido pela empresas da Internet que ofereciam inúmeros serviços de graça. Aos poucos, o que se percebe é uma estratégia voltada a viciar os usuários para, em seguida, cobrar pelo serviço. Para se ter todas as funcionalidades do Skype, por exemplo, é preciso pagar uma assinatura, no Brasil, chamada de Premium. Custa R$ 108,00 por ano. Quem quiser utilizar a funcionalidade de ligações com o uso do sistema Voz sobre IP (Voip), ou compra créditos Skype ou faz um assinatura mensal. Uma delas custa R$ 79,90 para ligações nacionais (para celulares ou fixos). Embora os valores sejam muito abaixo das assinaturas das operadoras de telefonia móvel, não demora e o uso do Voip será popularizado. No caminho da cobrança pelos serviços, o WhatsApp, programa de troca de mensagens pela Internet passará a cobrar anuidade. O mesmo acontecerá com o EveryNote, uma agenda eletrônica que funciona como uma espécie de "organizador" da vida dos seus usuários. Pelo jeito, enfim, as empresas totalmente digitais começam a trabalhar com o olhar voltado para o lucro.

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O que se fez de "a hora da merenda"?

Dia desses li, no Twitter, um comentário do meu amigo Robson Franco, sobre a hora da merenda: "Sou do tempo em que levar merenda de casa, além de saudável, reforçava laços familiares e de amizade!" Simples, singelo e de uma profundidade sem igual, levou-me aos corredores do Instituto Santa Juliana, em Sena Madureira, minha terra natal, quando a pobreza era tamanha que a necessidade (de comer) superava a vontade (de aparecer, entre os colegas, por exemplo). Hoje em dia, um adolescente prefere morrer (até de fome) a levar "uma merenda" para escola. O termo "merenda", inclusive, carrega um significado de coisa, velha, antiga, antiquada. Será que perdemos a ternura, a capacidade de estabelecer vínculos com os colegas e na própria casa? Será um pecado tão imperdoável um jovem ou uma jovem levar seu lanche de casa? Jovem nenhum aceita "pagar um mico desses". É como se levar o lanche de casa fosse um sinal determinante de pobreza. E, ao que tudo indica, os jovens de hoje não se aceitam, não se suportam como pobres. Ainda que o sejam, ao que parece, preferem aparentar uma riqueza que não possuem, sem perceber que tal prática revela uma pobreza (de espírito) absoluta. Perdemos o saudável hábito de a própria mãe preparar a merenda com extremo carinho. Fazê-lo, hoje, talvez seja visto pelo filho ou filha como um acinte. Uma pena!

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Arthur Neto se destaca em Brasília

Falem quem quiser falar. Diga-se o que se quiser dizer, mas, não se pode tirar o mérito do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) como um dos maiores articuladores políticos em atividade no País. A começar pela mídia local, teve mais destaque que os senadores pelo Amazonas. Destaque igual ao que foi dado a Neto só mesmo ao governador Omar Aziz (PSD). Ainda claudicante como prefeito, Neto demonstrou hoje, em Brasília, na defesa do Polo Industrial de Manaus (PIM), a maior qualidade que tem, adquirida como Diplomata: a de negociador. Não se pode negar, também, a "língua afiada". Ele criticou ferozmente o Governo de São Paulo (do seu partido, aliás) e foi enfático em uma das tantas entrevistas que concedeu no dia de hoje:"Nossa situação é inusitada: se ganharmos, não levamos nada a mais. Ganhar, para nós, é apenas manter o que se tem". A capacidade de fazer a leitura correta dos fatos é que, talvez, demonstre ser ele talhado para o parlamento e não para o executivo. Certamente que, pela atuação de hoje, muitos eleitores sentiram falta de Neto não ser senador pelo Amazonas.

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Violência revoltante contra criança

Vi, há pouco, em um jornal local de televisão, uma reportagem que provoca revolta. Não só pela violência descabida de um pai contra a própria filha de 2,5 anos, mas também, pelo descaso do serviço público prestado pelo Instituto Médico Legal (IML). Desde o dia 21 de março a mãe espera o exame de conjunção carnal para ter a comprovação de que o marido abusou sexualmente da filha do casal, de apenas 2,5 anos. De acordo com a mãe, ao procurar o IML, foi informada que o pai precisaria ser ouvido. Ao que se sabe, nenhum acusado precisa ser ouvido, no IML, no caso de um exame de conjunção carnal? Tenho pouco conhecimento dos procedimentos em um caso de acusação como este. No entanto, não parece lógico que o IML tenha de ouvir alguém. Ainda mais em se tratando de um caso tão estapafúrdio de o pai cometer um crime de violência sexual contra a própria filha. Ainda mais se esta filha tem só 2,5 ano de idade (isso não significa que se a filha fosse maior o crime deveria se aceito). Um crime de tamanha monstruosidade não pode ficar sem punição por tanto tempo em função da ineficiência do serviço prestado pelo IML. É vergonhoso!

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O SUS não deve acabar

Li, hoje, com desconfiança, uma mensagem que passou a circular no Twitter, de que "o SUS vai acabar". Verdadeira ou falsa, a hipótese incentivou-me a escrever sobre o assunto a partir de uma questão que me veio: a quem interessa o fim do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, uma das experiências mais bem-sucedidas de, digamos, "distribuição equitativa da saúde" do mundo? Só me veio uma resposta: aos empresários-médicos que transformaram a profissão é uma atividade empresarial e não em "cuidar da vida das pessoas". Quando o fim da medicina é apenas ganhar dinheiro, a vida humana fica em segundo plano. Mais ainda, quando essa vida humana não tem dinheiro, sabe-se Deus em qual plano fica. O SUS, com todas as críticas que se tenha a fazer do Sistema, praticamente universalizou a saúde no País. Não se devia jamais pensar em acabá-lo nem por brincadeira. Quem seja uma tremenda piada de mau gosto daqueles que surgem, quando em vez, na Internet!

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A fidelização dos clientes na marra

Há empresas que tentam manter os clientes fiéis quase na marra. As prestadores de serviços de telefonia, então, usam de todo o tipo de artimanha para nos manter "ligados" a elas. Hoje recebi o telefonema de uma "consultora" da segunda empresa de telefonia na qual mantenho a assinatura. É um plano humilde, daqueles que você mantém apenas para falar com os amigos que possuem número da mesma operadora. A moça, muito educada, por sinal, apresentou-se e disse que eu tinha direito a aparelhos de graça e, também, "não estava mais fidelizado". Na prática, isso significa que posso cancelar a assinatura na hora que bem desejar sem ter de pagar nenhum tipo de multa. Pois bem, quando a consultora foi verificar quais modelos eu tinha direito, o telefone ficou mudo. Não desliguei! Após quase cinco minutos de espera ela retoma a conversa para me dizer que o sistema estava com problemas para fazer o levantamento dos aparelhos e que ela me ligaria em seguida. Pelo jeito, até agora não se chegou a solucionar o problema do tal sistema, uma vez que não recebi mais nenhuma ligação. Fiquei com a impressão, porém, que há um desejo de manter a minha assinatura de telefonia na marra. Sabe-se lá se vão me ligar em pleno domingo!

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O massacre do Bayern contra o Barcelona

Demorei a falar sobre o assunto. Talvez nem devesse. Mas, não dá para deixar de registrar o massacre duplo aplicado Bayern de Monique ao todo poderoso Barcelona. No primeiro jogo foi um "chocolate" de 4 x 0. No segundo, na Espanha, o Bayern desmantelou o Barcelona, de novo. Agora, por 3 x 0. Na soma dos resultados, foi uma surra monumental de 7 x 0. Alguém poderia imaginar que o Barcelona seria surrado de uma forma tão humilhante? O que está a acontecer com o Barcelona? Desmoronou de vez? Terá sido uma medida correta demitir o antigo treinador, Pepe Guardiola? O atual treinador, Tito Villanova, terá capacidade de "virar o jogo" e fazer desta derrota humilhante uma fonte de energia para continuar forte? Não creio que o desempenho do Barcelona, nos dois últimos jogos, tenha sido afetado pela doença do craque Leonel Messi. Um time da grandeza do Barcelona não pode se resumir a um único jogador. Messi é craque? Não duvido! Um clube do tamanho do Barcelona, porém, não pode ser refém de um jogador. Que a derrota sirva ao time para entender que não se ganha sempre.

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Ciclistas brasileiros em perigo

De repente, uma série de acidentes, principalmente atropelamentos, passou a preocupar os ciclistas em todos os quadrantes do País. Principalmente após a morte do triatleta brasileiro Pedro Nikolay, no Rio de Janeiro, atropelado por um ônibus. O que se evidencia com esta morte não é apenas a falta de local para treinamento dos atletas brasileiros, mas, a barbárie no trânsito e a completa falta de respeito em relação aos ciclistas, pedestres e motoqueiros. Ao que parece, há, nas cidades brasileiros, uma cultura introjetada de que os espaços públicos são inteiramente dos carros. Os demais veículos que "se achem" entre uma viela e outra ou, até mesmo, nos passeios (raríssimos) destinados aos pedestres. Depois da morte de Nikolay, vários acidentes envolvendo ciclistas passaram a ser divulgados de Norte a Sul. Fica-se com a impressão de que não ocorreram só agora: apenas "ganharam a mídia" após a morte de, digamos, um ciclistas mais famoso. Lastimável que vidas humanas sejam ceifadas antes de se tomarem medidas efetivas para preservá-las. Pedalar pelas ruas, ao que parece, ficou mais perigoso.

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OBS: Post do dia 02/05/2013

Dia do Trabalho sem trabalho

Parece sempre uma contradição comemorar o Dia do Trabalho sem trabalho. Talvez, em Portugal, nosso descobridor do qual tanto gostamos de tirar sarro com as tradicionais "piadas de Português", isso fosse uma "piada de brasileiro". Brincadeiras às parte com a data e os trocadilhos possíveis, vale mesmo é provocarmos uma reflexão, inclusive, como está o País, governado há 10 anos pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Particularmente, tenho severas críticas às práticas de algumas "alas" do PT que atuam como si fizessem parte (de novo vem o trocadilho) de uma escola de samba e não de um partido político. Ainda assim, com todos os erros e equívocos, o Brasil ficou melhor. Só espero, porém, que nenhum deles esqueça o compromisso histórico com os trabalhadores e não apenas com os empresários e bancos. Quando isso ocorrer, aí sim, teremos um País capaz de honestamente comemorar tanto o trabalho quando o trabalhador.

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