Há, embora informalmente constituído, um dos movimentos mais
fortes na política brasileira, muito além dos sem-terras ou dos sem-tetos, é o
movimento dos (políticos) sem-vergonha. É um movimento que arrebanha membros em
todos os quadrantes do País. Na minha cidade natal, Sena Madureira, então,
localizada a 144 da capital, Rio Branco, há tantos próceres que mais parece ser
a sede nacional desta empreitada baseada em surrupiar dinheiro dos cofres
públicos. Nos últimos anos, a cidade elegeu a nata da sem-vergonhice local e
aprendeu, como nunca, a se locupletar do dinheiro público. O momento atual só
tem paralelo com a época em que Normando Sales deixou a prefeitura em
frangalhos, pegou um avião e se mandou, e os funcionários da Prefeitura ficaram
sem pagamento. Entre os "adoradores" deste movimento, honestidade
administrativa se paga com ingratidão, enquanto eles, os eleitores, também se
locupletam com míseros trocados em troca de votos. E a cidade que afunde nos
buracos, no lixo e na inoperância da Prefeitura. A Sena Madureira de hoje me
enche de vergonha. Não fossem minha mãe e meus irmãos, não teria o menor prazer
em pisar no solo no qual nasci. A Sena Madureira dos últimos anos envergonha
que por ela passa: desde à saída de Rio Branco, com a estrada, passando pela
ruas esburacadas e abandonadas. Nitidamente falta governo e sobra falta de
vergonha.
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