quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ecos de um assalto na capital do Acre


Ontem, por necessidade de completar o serviço interrompido pelo assalto do dia anterior, retornei à loja da Pemaza, em Rio Branco, capital do Acre, localizada no Segundo Distrito, à via Chico Mendes. Era preciso balancear e alinhar os quatro novos pneus do carro da minha irmã, motivo pelo qual tínhamos ido à loja. Confesso: pensei que aquela história do “momento de oração” tinha sido uma invenção da minha irmã para dar leveza ao minutos de terror que ela havia passado em poder dos assaltantes. Ontem, porém, em conversa com o gerente da loja, ele me confidenciou: “...fiquei preocupado com a sua esposa...”. Eu o corrigi e disse que era a minha irmã. E ele: “...o cara mandava ela ir para lá e ela não ia. Resistia. E eu ali, de joelhos, nem abria a boca, mas orava por ela, para que ela não irritasse o cara e ele começasse a atirar”. Se ela realmente pensava que era “um momento de oração” ver todos os funcionários da loja de joelhos, quem conseguirá descobrir? O certo é que, no dia anterior, inicialmente, ela nem se tocou que a loja passava por um assalto, e ela também seria assaltada em seguida. Ontem, revelou que ao abrir os olhos ainda via “aquele olhar” dirigido a ela na hora que o assaltante dizia “a senhora tá vacilando, tá me encarando demais”. Depois de tudo, conta e reconta a história. Morremos de rir! E ela ainda acrescenta, para apimentar: “Fiquei com vontade de dizer pra ele, depois daquele olhar profundo: tu não sabes o quanto eu adoro um negão”. Lembro-me também, da curiosa atuação da Polícia Militar. Quase meia hora após a saída dos assaltantes do local, dois soldados, arma em punho, surgiram na esquina, como se estivessem em uma perseguição das mais perigosas. Escondiam-se por trás da parede, apontavam apenas o cano da arma. Eram cenas semelhantes àquelas dos filmes de ação. Via aquilo e tudo e comecei a rir. A risada transformou-se em gargalhada quando alguém, lá do interior da loja gritou: “moços, podem entrar. Eles já foram embora”.

Um comentário:

  1. rsrrsss.. verdade isso ai..
    eu sou tesoureira da loja em questao, e realmente confesso que na hora do assalto com a atitude de sua irma, todos nós ficamos com muito medo de acontecer algo mais grave, porem depois do ocorrido ao lembrar das cenas deste assalto que sofremos, demos muitas risadas das atitudes dela em respeitos aos assaltantes, coitada dela, inocente ao pensar que nós estavamos orando.
    Assaltante: Fique aqui senhora
    Cliente: nao, eu nao quero..
    isso por varias vezes, ateh q disseram para a mesma: - Fique aqui, isso é um assalto!
    O que ela disse: O problema é de voces..
    Coitada dela, mas nao foi só ela que fez graça nao, mais tres funcionarios, aos assaltantes entrarem na loja e mandar todos ficarem quietos, os funcionarios ficaram rindo dos assaltantes sem saber do que se tratavam, somente perceberam que era um assalto quando os assaltantes apontaram as armas para os mesmos.
    Nao nego que fiquei aterrorizada por estar presente na hora do assalto, mas tambem nao nego que teve momentos muito engraçados...

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