quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O perigo nas proximidades do Aeroclube não é de hoje


Desde quando fui jornalista de A Crítica e morador do Condomínio Ouro Verde, localizado à Avenida Desembargador João Machado, antiga Estrada dos Franceses, tenho alertado para o perigo de se ter aviões de pequeno porte “rondando” as imediações. Ficava a observar os voos rasantes das aeronaves e a pensar na tragédia que seria se um avião daqueles caísse sobre os apartamentos de um dos blocos do próprio Condomínio Ouro Verde? Ou dos condomínios localizados nas proximidades? É bem verdade que o crescimento desordenado da cidade e o avanço da especulação imobiliária, somados a uma dose de irresponsabilidade do poder público, agravaram a situação. É indefensável, porém, a permanência do Aeroclube onde se encontra há muito tempo. Ainda que não houvesse o problema das invasões e surgimento de bairros nas proximidades do local, o poder público não tem o direito de pôr em risco a vida de tantas pessoas ao permitir a circulação constante de aeronaves em voos e manobras que, por si, aumentam a probabilidade de acidentes. Enquanto aviões circularem por lá haverá a possibilidade de acidentes e a probabilidade de um dos conjuntos habitacionais ser atingido. Evitar essa tragédia anuncia é dever do Estado. Será preciso uma tragédia de proporções inomináveis para que providências sejam tomadas?

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