segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Os flanelinhas eletrônicos dos shoppings


Nem em Rio Branco os habitantes escaparam da fúria por meter a mão no bolso dos motoristas que os shoppings brasileiros passaram a exibir. Quando da inauguração, nada era cobrado dos clientes. Agora, são 20min de tolerância. Passado em esse tempo, o motorista tem de desembolsar R$ 3,00. Em Manaus, a prefeitura ressuscitará o Zona Azul, que não passa da privatização dos serviços prestados pelos guardadores de carro, os chamados flanelinhas. O que se vê é um avanço desse processo de privatização de um serviço que era pago, pelo menos em tese, voluntariamente. O pior de tudo é que, da doação para a imposição, em alguns casos, nada muda. A cobrança desse tipo de taxa presume-se, seria acompanhada de um algum tipo de proteção aos veículos. Em alguns shoppings, como os de Rio Branco, os veículos são deixados a céu aberto. Um espaço que servia de fonte de renda para algumas pessoas menos favorecidas foi privatizado. A conversa é sempre a mesma: marginais tomam conta, principalmente quando são as ruas. Ora, mas se, no caso dos shoppings, o estacionamento é mais um serviço prestado, não seria lógico que esse serviço oferecesse o mínimo de qualidade? Pelo menos uma cobertura para as vagas. Da forma como é prestado, esse serviço é mais uma “facada” no bolso dos clientes.

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