Quando você pensa que já
viu tudo em termos de violência contra Crianças e Adolescentes, depara-se com a
notícia de que, em Cruzeiro do Sul, no Acre, uma mãe foi presa por tentar
vender a filha de seis anos. De acordo com um dos jornais da capital, Rio
Branco, o fato ocorrera em uma comunidade do município de Cruzeiro do Sul,
denominada Agrovila. À Polícia Civil, a mulher de 25, que aparentava possuir transtornos
mentais e estava alcoolizada na hora da prisão, disse que pretender vender a
filha por não ter condições de criá-la. A criança foi encaminhada ao Conselho
Tutelar, enquanto o caso é investigado. O que mais espanta nessa história toda,
do alto dos meus 48 anos, é que a mesma desculpa é usada, aqui no Acre, há
anos, por mães que entregam suas filhas (agora vendem) aos cuidados de outras
pessoas. Não é raro que sejam “senhores”, às vezes pra lá da terceira idade,
que se comprometem em “cuidar” das crianças. Em geral, cuidam quase nada e
passam a explorá-las sexualmente desde cedo. Tal fenômeno parece ser regras em
cidade do interior do Acre, Rondônia, Pará, Amazonas e Roraima. Urge que
políticas públicas combatam firmemente essa espécie de “adoção” que, na maioria
das vezes é praticada por anciões ou “figurões” até nas capitais desses estados.
O que ocorre, em geral, é que essas crianças crescem vítimas da violência
sexual e ainda são tidas como “desavergonhadas” quando se descobrem alguns
desses tipos de casos de violência. Terminam por sofrer a imensa dor de serem abandonadas
em tenra idade e, em alguns casos, violentadas sexualmente e, depois,
moralmente, diante da sociedade.
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