Ao término da luta entre o brasileiro Esquiva Falcão e o japonês Ryota
Murata, nos Jogos Olímpicos de Londres, cheguei a comentar no Twiitter e no
Facebook:”Cá entre nós! O brasileiro foi garfado nesta luta”. Como poderia
parecer “choro de perdedor”, deixei para lá. Hoje, porém, deparo-me com a notícia
de que o árbitro polonês, Mariusz Gorny, admite que errou ao punir o brasileiro
na final. O erro do árbitro, portanto, foi decisivo para que Esquiva Falcão
ficasse com a prata e não com o outro em Londres. Resolvi escreve sobre o
assunto porque ouço, desde criança, que “isso faz parte do esporte e, só por
isso, é emocionante”. Nunca aceitei esse tipo de argumento. Gorny mudou a
história das Olimpíadas. Provocou a derrota do brasileiro Esquiva Falcão. Isso
jamais poderia ir para a cesta das “normalidades” do esporte mundial. Ainda
mais quando o próprio árbitro admite o erro. Ao invés de fazer parte da vala
comum dos casos de injustiça no esporte, um episódio desses deveria ser
exemplar e didático. A única saída ética e honesta para o caso seria tirar a
medalha de ouro do japonês e entregá-la ao brasileiro. Só assim, o ato de
admitir o erro seria visto como parte da índole e da grandeza humana. O esporte
reforçaria a prática da ética em sociedade. Do contrário, fica sempre como algo
normal e comum prejudicar os outros. E esse não é um bom exemplo do esporte em
nenhuma modalidade.
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