sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Árbitro admite erro na luta de Esquiva Falcão


Ao término da luta entre o brasileiro Esquiva Falcão e o japonês Ryota Murata, nos Jogos Olímpicos de Londres, cheguei a comentar no Twiitter e no Facebook:”Cá entre nós! O brasileiro foi garfado nesta luta”. Como poderia parecer “choro de perdedor”, deixei para lá. Hoje, porém, deparo-me com a notícia de que o árbitro polonês, Mariusz Gorny, admite que errou ao punir o brasileiro na final. O erro do árbitro, portanto, foi decisivo para que Esquiva Falcão ficasse com a prata e não com o outro em Londres. Resolvi escreve sobre o assunto porque ouço, desde criança, que “isso faz parte do esporte e, só por isso, é emocionante”. Nunca aceitei esse tipo de argumento. Gorny mudou a história das Olimpíadas. Provocou a derrota do brasileiro Esquiva Falcão. Isso jamais poderia ir para a cesta das “normalidades” do esporte mundial. Ainda mais quando o próprio árbitro admite o erro. Ao invés de fazer parte da vala comum dos casos de injustiça no esporte, um episódio desses deveria ser exemplar e didático. A única saída ética e honesta para o caso seria tirar a medalha de ouro do japonês e entregá-la ao brasileiro. Só assim, o ato de admitir o erro seria visto como parte da índole e da grandeza humana. O esporte reforçaria a prática da ética em sociedade. Do contrário, fica sempre como algo normal e comum prejudicar os outros. E esse não é um bom exemplo do esporte em nenhuma modalidade.

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