sábado, 18 de agosto de 2012

Os percalços da vida em comunidade


Dos mais ricos aos mais pobres, a vida em comunidade parece ter uma marca em comum: o desrespeito quase total ao outro. Há aquele vizinho que se “amarra” em um som bate-estaca. E faz questão de ligar as caixas de som na passagem de pedestre, em frente à casa. Para cumprir essa missão tão nobre de demonstrar poder por meio do som que toca, é capaz de passar os fios das caixas de som por entre o tubo do esgoto. Não que esse tipo de música seja o genérico do que passa pelo tubo do esgoto, mas, confesso, não é o meu gênero. Muito embora, na academia, seja capaz de aceitá-lo com certa facilidade. Talvez o estilo de música esteja ligado ao local que se ouve. De acordo com o gosto do vizinho ou dependendo do bairro, a música muda. Pode ser uma brega, sertanejo, breganejo, arrocha, passando por Banda Calypso e Reginaldo Rossi. Se for perto de uma igreja evangélica ou de algum simpatizante da renovação carismática católica, os “louvores” dão o tom. Nos bairros mais ricos, o desrespeito ultrapassa a gosto musical e invade a faixa de pedestre, as calçadas o bom senso. Bares são abertos em áreas residenciais. Transformam-se em “points” e infernizam a vida das pessoas do lugar. A vida em comunidade não é tão simples quanto aparenta. Quem ainda não enfrentou um problema desses e teve até todos os sentidos atingidos que atire a primeira pedra.

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