Dos mais ricos aos mais pobres, a vida em comunidade parece ter uma
marca em comum: o desrespeito quase total ao outro. Há aquele vizinho que se “amarra”
em um som bate-estaca. E faz questão de ligar as caixas de som na passagem de
pedestre, em frente à casa. Para cumprir essa missão tão nobre de demonstrar
poder por meio do som que toca, é capaz de passar os fios das caixas de som por
entre o tubo do esgoto. Não que esse tipo de música seja o genérico do que
passa pelo tubo do esgoto, mas, confesso, não é o meu gênero. Muito embora, na
academia, seja capaz de aceitá-lo com certa facilidade. Talvez o estilo de
música esteja ligado ao local que se ouve. De acordo com o gosto do vizinho ou
dependendo do bairro, a música muda. Pode ser uma brega, sertanejo, breganejo, arrocha,
passando por Banda Calypso e Reginaldo Rossi. Se for perto de uma igreja
evangélica ou de algum simpatizante da renovação carismática católica, os “louvores”
dão o tom. Nos bairros mais ricos, o desrespeito ultrapassa a gosto musical e
invade a faixa de pedestre, as calçadas o bom senso. Bares são abertos em áreas
residenciais. Transformam-se em “points” e infernizam a vida das pessoas do
lugar. A vida em comunidade não é tão simples quanto aparenta. Quem ainda não
enfrentou um problema desses e teve até todos os sentidos atingidos que atire a
primeira pedra.
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