A linha de defesa adotada pelos advogados de Delúbio Soares e Marcos
Valério no julgamento do Mensalão, a prática de repassar recursos públicos aos
parlamentares da base aliada em torça de apoio político é de que houve “no
máximo, caixa dois de campanha”. Quer dizer que esses advogados da turma mais
cara-de-pau que o Brasil já teve nos últimos anos considera que Caixa 2 de
campanha é um crime menor que “pagar gordas mensalidades” em troca de apoio
político? Admitem, abertamente, que houve Caixa 2 e querem sair ilesos dessa enrascada?
A falta de vergonha na cara neste País chegou a um ponto em que ser cínico e
canastrão parecem ser qualidades fundamentais a qualquer um que entra na vida
pública. Minimar os danos causados pelo Mensalão à autoestima do povo
brasileiro e tentar transformar crimes do colarinho branco em perfeitamente
normal e aceitável. Não devemos admitir que esse tipo de prática, assumida como
corriqueira pelos réus do Mensalão, seja parte do dia-a-dia da política
brasileira. Condenar mensaleiros e trazer de volta a autoestima tão arranhada
do povo deste País. Nem Mensalão, nem Caixa 2. Para o bem da sociedade e da
democracia.
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