Tenho acompanhado, nas Mídias Digitais, uma defesa cínica de
militantes (que mais parecem meliantes) petistas escalados para desqualificar
os crimes cometidos pela quadrilha do Mensalão que, no processo em julgamento,
é tida como comandada pelo então Chefe da Casa Civil do Governo Luiz Inácio
Lula da Silva, José Dirceu. O cerne do argumento deles é que a compra de votos
de senadores, deputados e vereadores sempre existiu no País, portanto, não
poderia ser vista, assim, com tanto rigor. Vão mais além: dizem que os atuais
acusadores não possuem moral para cobrar os “mensaleiros” petistas. E vocês
sabem o que é moral ou amoral, heim, cara-pálidas? Cada vez que leio coisas
desse tipo fico ainda mais indignado. Votei em Lula e no Partido dos Trabalhadores
(PT) convicto de que mudariam a forma de “fazer política” no País. O próprio
Lula, quando deputado Constituinte, bradou aos quatro cantos que o Congresso
Nacional tinha mais de 300 picaretas. Logo, não chegou à Presidência da
República com a ilusão de que lidaria com cordeirinhos. Tivesse se preparado
efetivamente para “mudar” as práticas políticas do País, escalaria alguém para
a Casa Civil não pare reforçar um esquema de corrupção que pagava mensalmente
deputados para compor o que hoje chamam de “base aliada”, mas sim para extirpar
esse tipo de prática. E não me venham com essa história de que Lula nada sabia nada
sobre o que José Dirceu que ninguém me convencerá. Tanto sabia que até hoje que
comanda ações estratégicas do PT em todas as “bases” é o réu José Dirceu. Se
vocês não tivessem enganado a mim e a todos os brasileiros que votaram em vocês
com a mentira da “ética na política”, nenhuma linha dessas seria escrita.
Acontece que, como eu, muitos brasileiros acreditaram. Mudar o País significa não
aceitar corrupção em nenhum dos níveis. Minimizá-la para defender um projeto
partidário de poder é tão nojento quanto se vender mensalmente para apoiar o
Governo.
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