Dez
entre dez dos analistas políticos do Amazonas, quiçá do País, tentaram
descobrir o que o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT) quis dizer ao
declarar que “precisava ir para o estaleiro”. Elementar meus caros! Mendes
precisava ir ao estaleiro para ver se retomava o “timão” da política no
Amazonas. Todos sabemos que, enquanto tiver vivo, por direito, o Timão, símbolo
de Gilberto Mestrinho, o Boto Navegador, pai políticos de todos eles (Mendes,
Braga e Aziz) a ele pertence. Nos últimos anos, o filho pródigo, Braga, não
aceitara ficar mais sob o julgo de Mendes. Acontece que, para se viabilizar,
com chances de vencer a disputa, só restava ao prefeito tentar retomar a
liderança do grupo político ou parte dela. Em suma, ou trazia o governador Omar
Aziz (PSD) para o lado dele, como apoiador incondicional, ou suas chances de
vitória seriam reduzidíssimas. Embora o PSD (Omar Aziz) tenha bradado que terá
candidato, não disse, com todas as palavras, que o candidato seria do partido.
Logo, pelos últimos movimentos das peças do xadrez, fica mais claro que o
candidato dele será Amazino Mendes. É como se os dois mandassem um recado ao
senador Eduardo Braga (PMDB): ou em com a gente ou saia candidato! A ida de
Mendes ao estaleiro, portanto, pode ser muito mais significativa do que
imaginávamos.
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