Repito,
para iniciar mais uma das minhas postagens: sou crítico voraz e ferrenho da
Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). Reafirmo: criticar a prefeitura é um
direito que tenho de praticar o pleno exercício da cidadania. Há muito a se
criticar em termos de organização, no entanto, ter copiado o evento “Virada
Cultural” talvez seja um dos maiores acertos da administração do prefeito
Amazonino Mendes. Ainda que vários nomes sejam “apresentados” como dirigentes
da Fundação de Cultura, até o menos informado dos jornalistas sabe que quem “toca”
o evento é a própria filha do prefeito, algo, no mínimo, reprovável. O silêncio
da categoria diante de fatos como esses, inclusive, tem uma boa explicação:
grande parte dos jornalistas se locupleta dos locais de acesso restrito, junto
aos palcos, não para trabalhar. Na melhor das hipóteses, para a prática da
tietagem explícita. O dinheiro empregado no pagamento de alguns artistas parece
ser muito além do que merecem. Exala um cheiro de lavagem e exige fiscalização
constante do Ministério Público e de toda a sociedade, direito de quem, ao
final de tudo, paga as contas. Apesar de todos os senões, vejo a “Virada
Cultural” como investimento e não como custo. Dar ao povo a oportunidade de ter
acesso aos shows de alguns dos artistas nacionais de maior sucesso, mesclado
com artistas locais, merece elogios. Cultura, Arte e Esporte fazem parte de um
sistema maior chamado Educação. Todos eles potencializam a inclusão de pessoas.
No caso da “Virada”, talvez seja o mínimo que o poder público pode devolver ao
cidadão. O que é passível de críticas não significa que seja passível de
destruição. Que seja aperfeiçoada em todos os sentidos, mas, que se registre o
acerto em promovê-la. A Virada Cultural é um tipo de “política pública” que não
pode mudar qualquer que seja o governante de plantão.
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