A revista Época
desta semana revela que a disputa pela vaga de candidata à candidata à
Prefeitura de Manaus teve muito mais lances sujos que meras conversas
políticas. Segundo a revista, o senador Eduardo Braga (PMDB) teria convencido
Rebecca Garcia (PP) a desistir da candidatura horas antes da convenção que a
aclamaria como a escolhida do grupo político liderado pelo senador. Diz a
revista que ao longo da conversa. “Braga abandonou a sutileza” e insinuou que
poderiam aparecer fotos e vídeos em que Rebecca aparece com o Conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ary Moutinho Filho. Acresceu que poderiam
surgir “boatos de outros romances”. Ainda de acordo com a revista, Rebecca
explicara que seu romance com Moutinho ocorrera quando estava separada do
marido e que não tivera nenhum outro relacionamento. Ao ouvir que poderia
ocorrer uma “campanha sórdida” na família dela, Rebecca jogara a toalha.
Conheço a deputada Rebecca Garcia vagamente. Não discutirei se o senador
Eduardo Braga praticou ou não a chantagem revelada pela revista Época.
Quem quiser que vá ao link e tire conclusões. Quero, porém, deixar alguns
pontos para discussão. Vejamos! Se Rebecca Garcia estava separada do marido e
teve um romance com Ary Moutinho sem que isso prejudicasse a sua atuação
parlamentar, o fato diz respeito a quem? No máximo, à esposa de Moutinho, se
paralelo ao romance com Garcia, Moutinho mantivesse o casamento. Considero,
porém, que se trata de um problema de vida provida, portanto, que não cabe a
mim (nem a ninguém) condenar ou não. Não me lembro, desde que cheguei a Manaus,
em 1979, de ter visto nenhuma condenação pública de qualquer político homem,
por possuir uma amante. Para o homem, ainda mais se for político, quanto mais
amante tiver, mais macho (parece). Rebecca Garcia, no meu entendimento, se não
foi vítima de chantagem, sofreu, abertamente, pressão machista inaceitável. Se
ao homem (político) é dado o direito de possuir quantas amantes quiser (e
aguentar) sem que isso interfira na sua vida pública, é justo que se dê o mesmo
direito à mulher. Ter amante ou não é algo que deve ser discutido e decidido
entre Rebecca Garcia e o marido. Mais ninguém! Caso não, a história de que os
direitos são iguais é mera figura de linguagem. E acaba criando condições para “campanhas
sórdidas” e machistas inaceitáveis nos tempos atuais.
Visite
também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com
e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário