Um dos jornais da televisão local mostrou uma cena de violência
chocante. Uma mãe, de apenas 17 anos, espancou brutalmente a filha de 3 anos.
Chegou até a morder a criança no auge da violência. As imagens foram gravadas
pelo padrasto cujo objetivo era chantagear a mãe da criança. Louve-se a
iniciativa da emissora de denunciar o caso, porém, a própria emissora cometeu
uma violência. Afinal, divulgar o vídeo de uma criança sendo surrada também é
violento. A cadeia, de violência, porém, não para por aí. Certamente, começou
com a própria mãe. Hoje, essa menina está com 17 anos. Tem uma filha de 3 anos.
Logo, foi mãe aos 14 anos. Na melhor das hipóteses, teve a primeira relação
sexual aos 13 anos. Uma menina iniciar a vida sexual aos 13 anos, de forma
consentida ou não, é um ato violência. A infância dessa criança foi roubada aos
13 anos. O motivo pelo qual o vídeo foi gravado revela nova violência: o
padrasto gravou os vídeos, pois, tinha interesse em chantagear a mãe da
criança. Motivo: constantemente a agredia e usaria o vídeo para se não ser
denunciado. Para piorar, um conselheiro tutelar da cidade de Manaus foi levado
aos estúdios da emissora para “explicar” o caso. Limitou-se a uma análise “técnica”
de péssima qualidade mas não tocou em nenhum dos pontos fundamentais da cadeia
de violência demonstrada. Uma lástima!
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