sexta-feira, 13 de julho de 2012

Registros de uma viagem na sexta-feira 13


Atrasos nos voos que saem de Brasília parecem, agora, após a privatização do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, ser regra e não exceção. Nos dois últimos meses passei duas vezes pela cidade. Ainda que tenha sido por empresas diferentes, a saída atrasou quase uma hora. Motivo: filas de aviões à espera de autorização para decolar. Como já havia passado por isso mais de uma vez e (toc, toc, toc) como hoje é sexta-feira 13, resolvi me precaver. Pensei: ”É melhor eu sair mais cedo e escrever minha postagem no Aeroporto”. Chamei o táxi na primeira empresa: esperei cerca de 20min e nada. Chamei de uma segunda empresa, que também não aparecia. Acabai saindo às léguas no táxi da primeira empresa que, enfim, chegou com quase 40min de atraso. Não tivesse eu tomado a decisão de sair mais cedo, adeus embarque. Meus planos de escrever a postagem no Aeroporto foram pelos ares. Entrei na sala de embarque minutos antes de os agentes de Aeroporto da empresa Gol Linhas Aéreas (voo 1630) chamarem para o embarque. Tudo muito bem, voo no horário, portas em automático, alguns metros taxiando pela pista e o comandante anuncia. “Senhores passageiros, pedimos desculpas pelo atraso na nossa partida. Estamos prontos para decolar, porém, o grande número de aeronaves nos impede. Somos o quarto da fila. Aguardaremos autorização. Isso pode demorar cerca de 10min”. O voo, previsto para pousar em Manaus às 12h06, pousou às 12h46. Ou seja: 40min de atraso. Em uma coisa, pelo menos, dei sorte. Meu assento, marcado pela empresa que comprou a passagem, era o 13c. Acontece que o Boeing 737-800 da Gol não tem a fileira 13. Fui, então, abrigado na fileira 16, na qual se localiza a saída de emergência. Marcar o assento nessa fileira onera o valor da passagem entre R$ 10,00 a R$ 20,00, pois, segundo a companhia, esses são lugares especiais, há mais espaço entre as cadeiras. Não mentem nesse ponto. Há mesmo mais espaço entre as poltronas. Isso, porém, para não obstruir as saídas de emergências. Trata-se de um lugarzinho muito especial mesmo: quem os ocupada deve se comprometer em operar a saída de emergência, ajudar as pessoas em caso de acidente e ser o último a abandonar a aeronave. E ainda se paga a mais para isso? Em plena sexta-feira 13 você ser obrigado a prometer para a aeromoça que não só abrirá a porta, mas também, será o último a deixar a aeronave em caso de acidente não é promessa que se faça. Prometi! Estou aqui! Sem medo do mal agouro!

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