O delegado-geral da Polícia Civil do Estado
do Amazonas, Josué Rocha, deu proas de completo despreparo para lidar com
assuntos relacionados à pedofilia. Ao ser questionado pela repórter do Jornal
Folha de S. Paulo, sobre empresários e políticos investigados por crimes de
pedofilia e prostituição de crianças e adolescentes sobre as preferências dos
acusados respondeu que se tratavam de menores sim, mas, de “meninas rodadas”. Trata-se
de uma declaração das mais infelizes e fora de propósito que já se ouviu a
respeito do assunto. Dá motivos de sobra para que o delegado seja imediatamente
demitido. Além de preconceituosa, é o tipo de declaração que desloca do
agressor para as agredidas o foco do problema. É como se a prática da pedofilia
pelos acusados fosse minimizada pelas condições das meninas agredidas. Para o
delegado incompetente e destrambelhado no uso da palavra, os empresários e
políticos podem até ter cometido o crime de pedofilia, no entanto, o fato de as
meninas não serem mais virgens é atenuante para os empresários e políticos. É
nojento que ao invés de funcionar como defensor da sociedade, logicamente, das
crianças violentadas e agredidas, o delegado geral, ainda que de forma
subliminar, defenda os agressores.
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