terça-feira, 27 de novembro de 2012

A pedofilia e o despreparo do delegado geral


O delegado-geral da Polícia Civil do Estado do Amazonas, Josué Rocha, deu proas de completo despreparo para lidar com assuntos relacionados à pedofilia. Ao ser questionado pela repórter do Jornal Folha de S. Paulo, sobre empresários e políticos investigados por crimes de pedofilia e prostituição de crianças e adolescentes sobre as preferências dos acusados respondeu que se tratavam de menores sim, mas, de “meninas rodadas”. Trata-se de uma declaração das mais infelizes e fora de propósito que já se ouviu a respeito do assunto. Dá motivos de sobra para que o delegado seja imediatamente demitido. Além de preconceituosa, é o tipo de declaração que desloca do agressor para as agredidas o foco do problema. É como se a prática da pedofilia pelos acusados fosse minimizada pelas condições das meninas agredidas. Para o delegado incompetente e destrambelhado no uso da palavra, os empresários e políticos podem até ter cometido o crime de pedofilia, no entanto, o fato de as meninas não serem mais virgens é atenuante para os empresários e políticos. É nojento que ao invés de funcionar como defensor da sociedade, logicamente, das crianças violentadas e agredidas, o delegado geral, ainda que de forma subliminar, defenda os agressores.

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