O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, quando
se decidia a pena a ser aplicado ao ex-ministro José Dirceu, ontem, agiu como
aqueles meninos emburrados, que só integram o time de peladas da época da
infância porque são os donos da bola, mas “correm” ao serem contrariados.
Ninguém pode dizer nada contra o garotinho que ele pega a bola, faz beicinho e
vai embora. O problema é que as reações de Lewandowski não conseguem mais
esconder o incômodo que ele sente com a condenação da turma do “Mensalão” que
pertence ao Partido dos Trabalhadores (PT). Durante anos, militantes petistas
reclamaram a atuação do ministro Gilmar Mendes, que a invés de se portar como
magistrado, aparentemente defendia o PSDB. Hoje, Lewandowski faz pior: mais
parece atuar como advogado de defesa dos réus. Será que o único ministro que
atua imparcialmente é ele? Todos os demais estariam a serviço do que os fundamentalistas
do PT chamam de PIG (Partido da Imprensa Golpista)? Por muito menos, mas,
muitíssimo menos, um mero Fiat Elba e uma Cachoeira artificial na Casa da Dinda,
Fernando Collor caiu. Queriam que o STF fizesse vistas grossas para o “Mensalão”?
Não me parece ser esse o caminho mais correto. Exigir punição de todos os mensaleiros
sim, é algo que se pode defender caso o desejo seja o de uma país mais ético na
política. E todos, inclusive ministro do STF, devemos parar de agir como crianças
que fogem da raia ao serem contrariadas. Se o PSDB criou o Mensalão, que sejam
punidos os seus mentores. Isso, porém, não dá direito ao PT de refiná-lo e
ficar impune até que os criadores sejam julgados.
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