Aos finais de semana ou feriados prolongados, basta um giro pela
cidade para o condutor de veículos se deparar com inúmeras blitze completamente
irregulares realizadas pela Polícia Militar (PM) do Estado do Amazonas, agora
com a bandeira “Ronda no Bairro”. Em alguns casos, os locais parecem ter sido
fixados pelos policiais. Os motoristas até já sabem quando a entrada da
passagem de nível da Darcy Vargas, no sentido bairro, está congestionada nos
feriadões, é blitz na certa. Ontem foi assim tanto na Darcy Vargas quando à
Avenida Tancredo Neves, próximo ao supermercado Veneza, outro endereço fixo das
fiscalizações irregulares. Poucos motoristas sabem, mas, o máximo que os
policiais militares podem fazer é por redutores de velocidade, os cones, por
exemplo, e observarem o comportamento dos motoristas. Abordá-los e exigir
documentos sem a presença de uma equipe do Detran-AM e da Prefeitura é
irregular. No entanto, transformou-se em regra, em Manaus. Irregularidades à
parte, aproveito para um tira-dúvidas sobre a palavra “blitze”, plural de
"blitz", estrangeirismo de origem alemã. Trata-se de "Blitzkrieg",
que, no original, é a junção de "Blitz" e "Krieg". A
primeira significa relâmpago e a segunda, guerra. Na Segunda Guerra Mundial, designava
“o avanço fulminante do exército alemão nas invasões”. Em terras brasileiras a
palavra, no singular, serve para designar "batida policial inesperada, de
grande aparato". Como, pelas regras gramaticais o plural de
estrangeirismos deve seguir a flexão da língua de origem, o correto é,
portanto, "Blitze". No original, "Blitzen" é o infinitivo
do verbo. Jornais que publicam blitzen ou blizes como plural de blitz, em
verdade, cometem irregularidades similares às dos policiais desta postagem.
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