sábado, 10 de novembro de 2012

O direito a envelhecer em paz


Por duas vezes, nas redes sociais, jornalistas, fofoqueiros e outros contadores de histórias (talvez estórias?) mataram impiedosamente o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT). No dia 28 de outubro, data do segundo turno das eleições para a prefeitura da cidade, Mendes apareceu faceiro a revelar que votaria no candidato Artur Neto (PSDB), vencedor do pleito. Será característica do ser humano o “gosto” pela morte (principalmente dos outros)? Ou somos fruto desse desejo incontido pela fofoca? Mais ainda pelos assuntos tétricos? Nas Mídias Digitais, essa parece ser a regra: criar boatos sobre morte. O mais novo dele é sobre a morte do arquiteto Oscar Niemayer. Ao que tudo indica, perdemos o direito de envelhecer em paz. Talvez, por isso, o País tenha de conviver com um Estatuto do Idoso. Costumo dizer que a Constituição brasileira deveria ter um único artigo: “todo ser humano tem o dever de respeitar o outro ser humano”. Se assim fosse, não seria necessário estatuto de coisa nenhuma. E quem gosta de boatos tomaria cuidado antes de anunciar a morte dos outros. O direito de envelhecer em paz é essencial. Embora muito querem que os idosos descansem em paz.

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